“Você não pode controlar todos os eventos que acontecem com você, mas pode controlar sua atitude em relação a eles.”
Maya Angelou
A Pirâmide Etária de nosso país está se modificando rapidamente. O IBGE estima que, em 2070, a população acima dos 60 anos atinja 37,8%, chegando a 25% já em 2030. Profissionais de D&I têm sido essenciais em sua luta incansável pela inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho. Neste artigo, no entanto, eu gostaria de trazer, tenha você mais de 60 anos ou mesmo mais jovem, algumas reflexões para ajudar você a se sentir melhor em suas relações.
A psicóloga Fran Winandy quando escreveu seu livro, o chamou de “Etarismo – Um novo nome para um velho preconceito”. A meu ver, ela não poderia ter sido mais feliz neste título, que praticamente resume tudo o que me move para falar sobre o tema. Referências de conflitos geracionais são encontradas em toda a História, desde os tempos de Platão, passando por pensadores e escritores como Montaigne, Nietzsche ou T.S.Elliot.
No meu trabalho como Coach e Mentor, tenho percebido como a questão da idade pode ser perturbadora. Passamos um tempo achando que somos muito jovens, até atingirmos um momento em que alguém nos chama de senhora ou senhor e percebemos que mais tempo do que imaginávamos passou. O excesso de informação a que somos submetidos atualmente só acelerou esta sensação que, no entanto, sempre existiu.
Lembro-me de uma sessão de coaching em que atendi a um profissional com cerca de 30 anos de idade, junto com seu gestor que estava na casa dos 60 anos. Várias vezes no encontro escutei deste gestor um “feedback” (que me parece mais uma opinião) de que este profissional era muito jovem para algumas tarefas ou funções – que, curiosamente, ele já realizava. Naturalmente criou-se ali uma crença que o limitou, e livrar-se desta crença acabou sendo um dos maiores pedidos do cliente no processo de coaching. A partir daí notei que este era um ponto levantado por muitos de meus clientes corporativos entre 25 e 35 anos. Qual seria então a idade “ideal” para o meio corporativo? Como fazer para que estes jovens se sintam de fato incluídos?