Estamos em meio a uma das maiores transformações tecnológicas da história moderna, e a liderança não é mais como era antes. Fomos criados e forjados num mundo onde os líderes tinham tempo para planejar, refletir e agir em um mundo relativamente estável. Hoje, com a ascensão da inteligência artificial (IA), os desafios e as oportunidades mudaram radicalmente e, o impacto da IA sobre as estruturas organizacionais, a tomada de decisões e a forma como lideramos equipes é profundo. Neste contexto, a capacidade de adaptação, a clareza de propósito e o entendimento profundo do potencial humano se tornaram as principais habilidades de liderança.
Adaptação rápida: Uma necessidade, não uma opção
A adaptabilidade sempre foi uma característica importante para líderes de sucesso, mas nunca foi tão crucial quanto agora, uma vez que no ambiente impulsionado pela IA, as mudanças ocorrem em um ritmo acelerado, quase frenético. A liderança que prosperou em ambientes estáveis está, muitas vezes, lutando para acompanhar a velocidade das inovações. Hoje, a cada dia acordamos sabendo menos que o dia anterior, e esse contexto abala as estruturas de seres que não lidam bem com o imprevisível. As soluções que funcionaram até agora podem não ser mais suficientes, e os líderes precisam estar prontos para aprender, desaprender e reaprender.
Um exemplo claro disso é o que John Chambers, ex-CEO da Cisco, destacou ao dizer que, no passado, um líder podia se isolar em sua sala para desenvolver estratégias, olhar planilhas e fazer a gestão da empresa. Hoje, se o líder não estiver em constante diálogo com o mercado, não será capaz de se reinventar a cada dois ou três anos e, com isso, manter a relevância e a competitividade da empresa. A IA acelera esse cenário de incertezas.