Conversando recentemente com um jovem ávido pelo seu futuro, em um dos momentos mais importantes que é a escolha profissional, percebi um enorme desejo pelo sucesso, mas pouca motivação para se dedicar a jornada que lhe será necessária.
O jovem dizia com veemência que desejava ser um excelente diretor. Imediatamente lhe perguntei como ele iria trilhar esse caminho; a resposta dele foi certeira e objetiva: “a vida se encarregará de me levar até lá”.
Essa conversa me levou a refletir sobre o grupo do coral da USP (Universidade de SP) que participo e no resultado de nossa apresentação no 15º festival de CORALUSP que aconteceu recentemente. Passamos por horas de treino individual e em grupo, correções de timbres e de melodias, ajustes de tons e uma orientação incrível da maestrina para que pudéssemos, no final, receber aplausos e nos sentirmos realizados.
Durante a preparação observei diversos sentimentos, tivemos que entrar em contato com nosso eu interior, deixar a vergonha de lado, perder o medo de errar, se arriscar na desafinação e vibrar com cada elogio da maestrina. Após muita dedicação tivemos um resultado surpreendente.
Traçando um paralelo da conversa com o jovem e de minha experiência no coral, tenho para mim que o desenvolvimento profissional é um processo contínuo e multifacetado que envolve a aquisição de novas habilidades, o aprimoramento de competências e a construção de uma carreira sólida. Curiosamente, essa jornada pode ser comparada à participação em um coral, onde cada voz, cada timbre e a direção da maestrina desempenham papéis cruciais na criação de uma harmonia perfeita. A seguir, explorarei essa analogia em profundidade, destacando as semelhanças entre o desenvolvimento profissional e a dinâmica de um coral.