A colaboração é uma característica intrínseca ao ser humano, essencial para a sobrevivência e evolução da nossa espécie. Estudos indicam que a capacidade de colaborar está enraizada em nossa biologia e psicologia, sendo fundamental para a construção de relacionamentos saudáveis e equipes funcionais. No entanto, nas organizações modernas, a colaboração genuína muitas vezes se perde em meio a dinâmicas de poder, competição e individualismo. Este artigo explora como o desenvolvimento interior pode ser uma estratégia eficaz para fomentar a colaboração genuína nas organizações, com base no framework dos Inner Development Goals (IDG).
Ambientes colaborativos promovem a inovação, a criatividade e a resolução eficaz de conflitos. A colaboração genuína permite que as organizações aproveitem a diversidade de habilidades e perspectivas de seus colaboradores, resultando em soluções mais robustas e inovadoras. Além disso, a colaboração fortalece o engajamento e a satisfação dos colaboradores, reduzindo a rotatividade e aumentando a produtividade. Uma cultura organizacional baseada na colaboração promove a confiança, o respeito e a inclusão. Isso cria um ambiente onde os colaboradores se sentem valorizados e motivados a contribuir para o sucesso da organização favorecendo que as organizações respondam de maneira ágil e eficaz às mudanças e desafios do mercado.
No cenário atual, as características culturais de como somos, pensamos e nos relacionamos estão fortemente influenciadas pelo individualismo e pela cultura do comando e controle. Essas influências moldam nossas relações e impactam diretamente nossa capacidade de colaborar de maneira genuína. A cultura do individualismo, profundamente enraizada na história humana, evoluiu consideravelmente, influenciando e sendo influenciada por mudanças sociais, econômicas e políticas. Esse desenvolvimento reflete um dualismo fundamental: por um lado, o individualismo serve como catalisador para o progresso em diversas áreas, enquanto, por outro, representa um desafio para a conexão e a colaboração.
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Ana Cristina Duarte