A estrutura dos IDGs me encanta.
Para uma pessoa racional como eu, essa estrutura oferece uma maneira de organizar meus sentimentos, instintos, afetos e percepções. Consigo trazer as emoções para o campo da razão, para nomear, distinguir, individualizar e organizar e, então, devolver as minhas emoções, já processadas, para o campo da intuição.
Em outras palavras, ao transitar livremente entre cérebro, coração e mãos, penso, sinto e ajo com clareza.
Melhor me explicar:
Sou capaz de me perder nos pensamentos ao observar as estruturas dos IDGs, enquanto brinco de ligar uma competência a outra, acessando histórias e emoções guardadas na memória. Nessa divagação, vejo um retrato de quem sou e de onde estou no meu desenvolvimento emocional e espiritual. Vai surgindo um mapa dessa minha jornada de viver a vida. Um mapa dinâmico porém, já que as competências são interdependentes e, ao me dedicar em uma delas, acabo impactando outra.
Atualmente, tenho pensado muito na dimensão do RELACIONAR-SE, especialmente na ligação entre Apreciação e Empatia (e como a apreciação vem da abundância e a crítica vem da escassez).
Essa ideia começou a se formar quando comecei a praticar gratidão. Foi tão intencional que lembro exatamente de como aconteceu.
Em maio de 2018, eu vivia um momento difícil, solitário, exaustivo, desanimador mesmo; me arrastava ao longo dos dias, sem vontades nem desejos. Nesse mês, participei de várias conversas com a jornalista Mariana Ferrão, para preparar a palestrar dela para o TEDxSãoPaulo, sobre como ela sofreu e se curou de depressão. Me encantei com o relato de que a mãe dela tinha sugerido que, se ela não quisesse se ajudar, ninguém conseguiria ajudá-la. Aquilo reverberou em mim.