Que emoções evocam os nomes: Ayrton Senna? Madre Teresa de Calcutá? Martin Luther King? Nelson Mandela? Bruce Lee? Mahatma Ghandi?
Faço esta provocação porque costumamos pensar em marca pessoal como algo que nos serve apenas como um alavancador de vendas, onde você é o produto e o objetivo é maximizar a sua empregabilidade, ou o volume e valor de vendas de seus produtos e serviços prestados.
Gostaria de convidar você a olhar além... Para pensar nas marcas que você deixa nas pessoas.
Calma, vou começar falando sobre aspectos práticos de construção de marca pessoal, trazendo minha experiência como exemplo, não como regra.
O que compartilharei com vocês são impressões da minha experiência, somadas a aprendizados que tive sobre marketing.
Posso dizer que trabalho minha marca pessoal desde estagiário, quando num treinamento de onboarding do Programa Novos Talentos do BankBoston 2001, fiquei chocado com a notícia de que a empresa não oferecia plano de carreira, que eles nos dariam acesso a aprendizado via Boston School (escola corporativa), mas que era nossa responsabilidade buscar as oportunidades internas que desejássemos.
Passei a cuidar de minha marca pessoal, buscando formas de me destacar todo ano na avaliação de desempenho. Como gosto de novidades, sempre busquei participar de projetos inovadores. Como costumo lidar bem com as pessoas, trabalhava em equipe com facilidade. E aprendi no banco a não me apegar às próprias conquistas, porque resultado num ano não acumulava para o seguinte. Começava tudo do zero, sua reputação seria seu maior ativo.
Mudei de área diversas vezes, quase sempre com crescimento de cargo. Busquei participar de concursos internas e externas para me animar. Nas que ganhei algum prêmio relevante, isso me deu destaque interno, como no Banco de Ideias Sustentáveis do Itaú, Olimpíada de Ideias da Tesouraria do Itaú, Prêmio CIAB Febraban 2010 e 2011.
Quando saí do corporativo em 2013, comecei a dar aulas de robótica com Lego na EIPG, uma escola particular em Atibaia. Passei a divulgar o trabalho tirando fotos e vídeos dos alunos e suas construções. Para participar da etapa SP do campeonato internacional First Lego League, criei uma campanha online de crowdfunding e contei com a ajuda de pais, amigos e patrocinadores para cobrir os custos de materiais, transporte, alimentação da equipe. Ganhamos experiência, competindo com equipes de colégios renomados da capital, e ainda fomos reconhecidos com o troféu de Gracious Professionalism, uma espécie de “Fair Play” pela ética e trabalho em equipe.