Trago um tema que muitas vezes evitamos discutir ou encarar: como cada um de nós pode, sim, ser um assediador sem se dar conta.
Segundo a Controladoria Geral da União “O assédio pode ser configurado como condutas abusivas exageradas por meio de palavras, comportamentos, atos, gestos, escritos que podem trazer danos à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, pôr em perigo o seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho”.
Segundo o TST (Tribunal Superior do Trabalho) caracteriza-se como:
Assédio moral: “Processo contínuo e reiterado de condutas abusivas que, independentemente da intenção, atenta contra a integridade, a identidade e a dignidade humana.”
Assédio sexual: “Toda conduta de conotação sexual praticada contra a vontade de alguém. Isso pode ocorrer de forma verbal ou física, por meio de palavras, gestos ou contatos físicos, com a finalidade de constranger a pessoa e obter vantagens ou favores sexuais.”
A cultura do assédio é uma realidade que permeia nossa sociedade de forma sutil e, às vezes, não tão sutil assim. E o que talvez seja mais difícil de aceitar é que todos nós, em algum momento, podemos ser responsáveis por perpetuá-la, mesmo que de forma inconsciente.
Infelizmente o assediador não é somente o outro.
Segundo uma pesquisa da OIT, a violência e assédio no trabalho afetam uma em cada cinco pessoas. O assédio não conhece fronteiras de idade, gênero, raça, posição social, nível hierárquico. Dessa forma, ele pode ocorrer em todos os ambientes que vivemos e nas relações que estabelecemos.