As equipes, assim como as pessoas, podem estar tristes, felizes, entediadas, estressadas, calmas, surpresas ou agressivas. Segundo vários autores, incluindo Daniel Goleman, a emotividade de uma equipe pode influenciar até 30% do seu desempenho e eficiência.
O sentimento de um grupo ou equipe libera ou contrai o seu talento. Assim sendo, parece claro que vale a pena lidar com a emocionalidade das equipes e, para isto, o Coaching e especificamente o Coaching de Equipes, oferece uma metodologia e muitas ferramentas que tornam isso possível.
Emoções coletivas
Estou certo de que como eu, você deve notar a emocionalidade dos sistemas aos quais você pertence (sua família, seus amigos, seu departamento ou empresa onde trabalha). E não somente destes grupos, mas também outros para os quais você é convidado ou que chegue por acaso.
Esta emocionalidade, constituída pelas emoções e estados de ânimo em que vive esta equipe ou sistema, é mais e diferente do que a simples soma ou a média das emocionalidades individuais dos membros que compõem este grupo.
A ideia é que os grupos são constituídos por membros ou elementos que interagem entre si, estabelecendo uma multiplicidade de vínculos dinâmicos, constituindo uma realidade superior que é uma entidade por si só. Esta nova realidade, segundo o enfoque sistêmico, é como se tivesse vida própria e, portanto, crenças e emoções coletivas que lhe são próprias.
Assim, quando chegamos a uma organização média ou grande, podemos observar como a emocionalidade coletiva é diferente de uma planta para outra, ou no departamento financeiro ou de marketing. Trata-se de um “segredo aberto” onde todos o sentem e o notam. Além do mais, esta emoção coletiva tende a ser contagiosa. Ao observamos com mais clareza quando vemos de fora, com os “olhos limpos”. Esta sensação clara, nítida e direta que temos quando a observamos de fora, se transforma em cegueira para os nossos próprios sistemas. Estamos tão entranhados nos sistemas aos quais pertencemos que não temos perspectiva, muitas vezes, para tomar consciência da emocionalidade coletiva que nos toma. Nos damos conta, muitas vezes, quando saímos deste sistema ou quando trocamos de grupo.