Edição de aniversário
Nesta edição e na próxima abordaremos o Coaching de Equipes ou em Grupos. Tem-se ouvido muito no mercado sobre isto e novamente nos preocupamos com os riscos da utilização de sistemas mecanicistas e instrumentais quando temos várias pessoas reunidas. O mesmo fenômeno foi visto quanto à liderança, onde muitos processos e metodologias tratam da liderança um a um, enquanto que nos ambientes de trabalho temos grupos e equipes, o que muda toda a dinâmica dos relacionamentos e comportamentos.
A moda do Coaching trouxe vários aventureiros ao mercado, cujo discurso principal está sobre o quanto podemos ganhar financeiramente com o Coaching. A Revista Coaching Brasil vem, ao longo deste seu primeiro ano de vida, trazendo a mensagem do quão desafiador é lidar com a vida, os sonhos e o destino de outra pessoa, o que exige um altíssimo grau de responsabilidade, demandando tempo de preparação, experiência, atualização contínua e muita supervisão. Cursos rápidos instrumentalizam a pessoa para um início, mas ela deve estar consciente da necessidade de avançar e cada vez mais se desapegar dos instrumentos para conectar-se verdadeiramente com outros seres humanos.
O Coaching de Equipes ou em Grupos, conforme vendido por vários no mercado é uma excelente oportunidade para potencializar ganhos, trabalhando o Coaching no atacado.
Aos mais experientes, este fato causa arrepios. Quanto estrago ele pode causar e novamente macular o nome e o conceito do Coaching.
Pensando em trazer mais luz para esta questão, vamos abordar este conceito em duas edições.
Nesta, trazemos a opinião de pessoas que estudam a dinâmica dos grupos em profundidade, e sabem como as pessoas assumem comportamentos distintos quando estão em grupos. Os grupos e equipes passam a ter uma vida própria, uma identidade e também uma emocionalidade.
Quando vamos fazer um processo de Coaching com esta entidade, formada por uma multiplicidade de individualidades, precisamos ter em mente as várias dimensões que estão ativas e estudar o funcionamento dos grupos e das equipes torna-se fundamental para o coach que quer trabalhar com esta modalidade.
Boa leitura,
Luciano Lannes
Editor
Artigo publicado em 30/05/2017