Para falarmos sobre como um processo de coaching pode ajudar a desenvolver uma mentalidade de crescimento, precisamos antes entender o que é mentalidade, as diferenças entre mentalidade fixa e de crescimento e porque é importante desenvolver essa última.
Quando nos referimos a mentalidade, estamos falando sobre os modelos mentais de uma pessoa, como ela percebe e se relaciona com o mundo, com indivíduos e grupos, com o que é novo, diferente, mudanças, erros e como ela se permite aprender e se transformar a partir dessas percepções e relacionamentos.
Parte da construção dos nossos modelos mentais vem de crenças e padrões que fomos construindo ao longo de nossa infância e adolescência, é o “manual de instruções” que nos permitiu sobreviver emocionalmente, direcionando os nossos comportamentos e tomada de decisão de forma intuitiva. E justamente por estarem mais conectados ao processamento rápido e intuitivo do Sistema 1 (do modelo proposto por Daniel Kahneman, no livro “Rápido e Devagar), temos mais dificuldade para reconhecer de forma racional quais são eles.
Porém, é muito importante prestar atenção e tentar compreender a predominância da nossa mentalidade, entre fixa e de crescimento, para podermos evoluir – e um coach pode ajudar o coachee nesse processo, como veremos mais a frente.
Falamos de predominância pois ninguém tem a mentalidade 100% fixa ou de crescimento. Temos as duas, em maior ou menor presença. A mentalidade fixa apresenta maior tendência a evitar mudanças, desafios, lidar com o novo e o diferente, buscando validação e aprovação externa, através da busca de melhoria de desempenho em processos já definidos, sistematizados e de baixo risco. Já a de crescimento busca o desenvolvimento de novas habilidades, formas inovadoras de fazer as coisas, busca a mudança e o novo, lida melhor com o imprevisível e o diferente, aprende durante o processo.