No mundo de hoje em constantes mudanças, o modelo tradicional de liderança comando e controle que ainda prevalece na maioria das organizações está em falência e é algo insustentável, pois as pessoas não querem mais ser tratadas como cumpridoras de metas e se exaurirem no estresse do cotidiano em busca dos resultados a qualquer custo. A melhor solução para se ter a ruptura deste modelo é promovermos a sensibilização, realizar ferramentas de diagnóstico e fazer uma intervenção para que haja a prática sustentável de uma cultura de confiança. A confiança é a base para se promover a segurança psicológica e impulsionar o desenvolvimento de líderes e equipes. Não basta o líder ser uma pessoa confiável, também é necessário confiar. Os líderes que confiam e inspiram obtêm extraordinários resultados, pois despertam e liberam o potencial de cada um. A confiança é como uma liga que propicia que equipes e culturas de alta performance se formem, sejam bem-sucedidas e superem o desempenho.

A confiança é um elemento essencial nas relações humanas, pois proporciona segurança e estabilidade. Não é à toa que a confiança e o respeito também são bases para a segurança psicológica(¹), pois quando esta funciona torna-se um ingrediente essencial para que times aprendam e juntos performem. Compreender a importância da promoção da segurança psicológica é fundamental para se obter um ambiente de trabalho saudável e produtivo, seja você um líder de uma equipe ou membro dela. Segundo Edmondson (2020), a segurança psicológica é a “crença compartilhada pelos membros de uma equipe de que aquele ambiente é um espaço seguro para tomada de riscos interpessoais”. As pessoas se tornam mais autoconfiantes em uma organização onde são encorajadas a dar suas opiniões de forma aberta, contribuir, admitir e falar sobre seus erros e vulnerabilidades fazem com que elas também sejam mais autoconfiantes. Portanto, uma boa notícia é que construir confiança pode se tornar um hábito!

A “CONFIANÇA” na visão de alguns autores

Na perspectiva ontológica, Fernando Flores (2012), coach e filósofo chileno aborda a confiança como algo que é construído por meio de ações, promessas cumpridas, integridade e uma linguagem que reflete comprometimento e responsabilidade. Ele enfatiza a importância de como nos comunicamos e nos relacionamos com os outros para estabelecer e manter a confiança nas interações pessoais e profissionais.