1 - A confiança, o que é, e, o que não é?

A confiança é uma competência comportamental de relacionamento. Alguns comportamentos, conscientes ou não, nos aproximam das pessoas, enquanto alguns outros nos afastam. A competência da confiança não se encontra na capacidade de confiar em todos e tudo. Confiar demasiado por ser perigoso tanto quanto desconfiar demais. Portanto a competência da confiança se encontra na consciência e compreensão da situação e no alinhamento de seus comportamentos de forma congruente. Às vezes, ser prudente e ter uma desconfiança controlada pode ser mais que recomendado.

É comum que as pessoas confundam os termos confiança e confiabilidade. A confiabilidade tem a ver com suas intenções e seu caráter. Alguém pode não ser confiável, mas demonstrar uma grande capacidade comportamental de ganhar a confiança das pessoas. Os golpistas digitais são um bom exemplo disso. A desconfiança pode partir de uma emoção como a insegurança, desde que ela se materializa por meio de comportamentos observáveis.

Uma emoção que se estabeleça no tempo e passa a ser observável a nível comportamental, pode gerar confiança ou desconfiança. Estes comportamentos se estabelecendo no tempo e se tornando um traço comportamental permanente, podem ser caracterizados na confiabilidade ou na incredibilidade. Assim, a variável entre a emoção da segurança, a confiança e a confiabilidade é o tempo.

2 - A importância da confiança

Nossa vida é feita de relacionamentos, quer sejam na família, no trabalho ou na sociedade. Não há relacionamento sem confiança. Da mesma maneira, não existem negócios sem relacionamentos, portanto não existem negócios sem confiança. O principal fator que rege os altos e baixos de uma bolsa de valores é a confiança. Quando o mercado confia, ele compra, quando ele desconfia, se apressa em vender.

Apesar da confiança ser tão importante em nossa vida, damos pouca importância a este tema. Como diz Warren Buffett: “A confiança é como o ar que respiramos, enquanto tem, ninguém presta atenção, mas quando vem a faltar todos notam rapidamente.”

Um estudo¹ de 2016 de uma grande consultoria internacional revelou que “55% dos CEOs reconhecem que a desconfiança é um freio para suas organizações e que não fazem ideia de como mudar essa realidade.”