Vivemos em um mundo onde somos frequentemente definidos por rótulos e categorizações, sejam pelos outros ou por nós mesmos. Contudo, em nossa consultoria, firmamos o compromisso de ver o ser humano como uma entidade em constante evolução. Os assessments, quando usados de forma sábia, são ferramentas de iluminação, mas nunca de limitação.
Todo ser humano é uma tapeçaria complexa de propensões, experiências, inclinações, traumas, habilidades, traços de personalidade e potencialidades. Por mais abrangente que seja um instrumento de assessment, ele captura apenas uma imagem instantânea e limitada dessa tapeçaria em um dado momento e em um dado contexto.
Tipicamente, em nossos trabalhos de liberação de potência humana, trabalhamos a partir das tensões e necessidades que se apresentam para a pessoa em sua organização, e a ajudamos a expandir o olhar e o sentir sobre essas situações de trabalho e a identificar os recursos, em si ou em sua rede de relações e sabedoria.
Claro que naquele momento também somos parte desta rede e colaboramos com nossas próprias experiências e aprendizados, assim coevoluindo com o sistema. São intervenções breves, tipicamente de seis a dez sessões, onde procuramos dar foco no que a pessoa e a organização identificaram como necessidade de evolução.
No entanto, em várias situações, nossos clientes já possuem ferramentas de assessment de sua preferência que naturalmente são incluídas nos diálogos reflexivos como pontos de informações contextuais e temporais no intrincado fluxo de percepções, significações e possibilidades de evolução, deixando claro que algumas avaliações ali apresentadas, se não todas, têm prazo e contexto de validade e que não devem ser incorporadas, de forma restritiva e rígida, na sua autoidentificação.