Sobre esse tema levo minha memória aos estudos principalmente de Freud, Melanie Klein, Winnicott, Bion, dentre tantos Psicanalistas de renome mundial que focaram suas pesquisas na busca do entendimento das fases de formação da personalidade do indivíduo desde sua tenra idade até a fase adulta e, a fundamental participação de seus genitores e/ou cuidadores nessa delicada missão.
A criança ao chegar ao mundo tem como referência principal sua mãe e é através de seu seio que deverá lhe ser dado o primeiro alimento, e mais, através de seu corpo e seus sentidos que lhe será apresentado o ambiente. Nessa fase inicial, por essa proximidade com o corpo da mãe, como nos ensina Bion, a mãe desempenha a função de “continente-conteúdo” representando a segurança necessária que o bebê precisa nos seus primeiros dias de vida. O bebê está chegando ao mundo e totalmente dependente de um bom elo que o ligue a esse para poder se desenvolver sadio e seguro, esse elo, seguindo os padrões clássicos, são o pai e a mãe, e atualmente função paterna e função materna.
A psicanalista Melanie Klein foi a primeira profissional da área a chamar a atenção para a necessidade de uma participação efetiva da figura do pai apresentando o quanto é importante sua participação não somente no auxílio à mãe com os primeiros cuidados, mas também com as necessidades que o recém-nascido tem de perceber e sentir a sua presença no ambiente. Essa presença da figura paterna, segundo Klein, vem reforçar ao bebê as sensações que ele mais necessita nos primeiros meses de vida que é o carinho, afeto, segurança e amor e que contribui para sua evolução e uma maturação mais consistente, sadia e rápida.