“Bola na trave não altera o placar
bola na área sem ninguém para cabecear
bola na rede pra fazer o gol.
Quem não sonhou em ser um jogador de futebol?
A bandeira no estádio é um estandarte. (...)”
Skank
Chega o dia seguinte, estávamos todos ansiosos e expectantes, afinal teríamos um Caso de Coaching de Equipes vindo do mundo desportivo, isso para muitos de nós era algo inusitado, pois geralmente as pessoas focam em áreas e nichos mais comuns, trabalhar com o desporto usando o coaching como metodologia ou ferramenta é algo extremamente interessante, o galpão estava lotado!
A supervisora abre a sessão convocando a participação de todos, como estamos diante de algo muito especial, o grupo de supervisores informa que este Estudo de Caso será “debugado” (bem debatido) ao longo de dois dias, portanto hoje teremos a parte 1 e amanhã a parte 2 e a parte 3, relembra ainda não esquecerem de colocar os nomes na lista de inscrição.
Informa que quem apresentará o caso será a equipe técnica do escalão Sub 17 de um clube distrital, da cidade de Vila Nova de Gaia - Portugal, nesta equipe há a presença do treinador, do seu adjunto, de um preparador físico para os jogadores, um preparador físico só para o goleiro, um psicólogo especializado em desporto, um coach de equipes, um fisioterapeuta e o diretor do escalão dos Juniores.
Os supervisores iniciam a sessão da Visão Super de uma forma diferente de como foram os estudos de casos anteriores, convidam e convocam a participação de todos da plenária a pensarem quais seriam as semelhanças e diferenças entre equipes desportivas e equipes corporativas...
Todos estão excitados com a pergunta, formadores de outros cursos de Coaching na modalidade de Um para Muitos se posicionam e sinalizam algumas semelhanças, dizendo que ambas equipes tanto do mundo desportivo como do corporativo tem um objetivo comum e um propósito compartilhado.
Outros coaches mais experientes dizem que é mister promover a coesão grupal em ambas equipes, e que no caso do futebol, ainda há um plus, que pode dificultar bastante essa mesma coesão e integração entre eles; os atletas que ficam no banco, afinal ser “reserva” de alguém que joga a sua mesma posição, é algo que diferencia um pouco das equipes do mundo corporativo, outra semelhança apontada pelo coach de equipes Rubio Soares é a interdependência presente entre os membros de uma equipe.
Os coaches mais novatos, acompanham “a tempestade de ideias” e contribuem acionando o seu pensamento associativo, dizendo que é de grande valia também utilizar como ferramenta de intervenção a lista de valores e a lista das necessidades das equipes, pois estes handouts nos ajudam a conhecê-los mais de perto, identificando o modus operandi das equipes, de quaisquer organizações empresariais, e isso inclui também os clubes, as empresas tem uma cultura própria, uma “malha mnêmica” específica de valores e as equipes dos dois mundos também, representando uma outra camada desse sistema.
João Batista resgata outra semelhança, as equipes de futebol também têm seus líderes, como no mundo corporativo, só que no gramado os líderes são conhecidos como capitães.