Administrar o tempo, próprio e de outras pessoas, especialmente equipes com as quais lidamos ou gerenciamos diretamente, é um desafio e por vários motivos que iremos discorrer neste artigo. É um recurso muito distinto de outros que lidamos corriqueiramente, pois não é tangível, nem estocável, entre outros aspectos.
Inicialmente vamos distinguir 2 tipos de “tempo” – Cronos e Kairós. A mitologia grega distingue estas 2 visões de tempo, sendo de cronos o tempo dos ciclos da natureza, observável e mensurável, como por exemplo dia e noite, uma volta em torno do sol etc.; e Kairós pelo olhar subjetivo, tempos variáveis de percepção, assimilação e maturidade, por exemplo, que dependem de cada um de nós e se tratando de uma organização, aspectos de cultura organizacional, modelo de gestão, processos e outros elementos associados.
Iremos direcionar nossas reflexões para a dimensão cronos, mensurável pelo relógio em seus múltiplos e submúltiplos.
Para que o tempo tenha alinhamento, do planejamento até a execução/controle e finalização, é preciso que haja reflexões para dar sentido e objetividade ao que fazemos, seja em nossa vida pessoal ou no contexto organizacional e profissional. Com o objetivo estabelecido a partir de análise estratégica ou operacional, usualmente estabelecemos a trilogia escopo, prazo e recursos; estes elementos referenciais se desdobram no ciclo que inicia com o planejamento e segue até a entrega do que foi estabelecido, seja um produto de natureza intelectual ou intangível, até um serviço ou bem tangível.
Durante as etapas do trabalho várias técnicas ou ferramentas poderão ser utilizadas, tornando mais efetiva as ações do início ao final de uma tarefa ou projeto.
A procrastinação é uma das maiores adversidades para a boa administração do tempo. Existem aspectos comportamentais/psicológicos que fogem ao nosso escopo e que não serão abordados; o uso de algumas técnicas e disciplina de execução poderão ser úteis em diversas situações, especialmente quando existe uma acomodação, insegurança ou excesso de atividades que podem levar à procrastinação por falha no planejamento ou dimensionamento inadequado da duração de atividades.