Sempre que me deparo com alguma matéria, vídeo, post ou meme nas mídias, que tem o objetivo de desmerecer ou desqualificar o Coaching, penso no quanto de desconhecimento há sobre esse processo tão valioso para o desenvolvimento humano.
Provavelmente, para essas pessoas, o coaching é algo novo, mais um modismo sem nenhuma fundamentação e profundidade. Certamente desconhecem que o coaching tem suas raízes na Grécia clássica e, principalmente, em Sócrates e Platão.
O método de ensino de Sócrates, filósofo grego, baseava-se no diálogo, que tinha um propósito moral de chegar ao saber e à verdade, a partir de uma convicção interna, acessada por perguntas que visavam encorajar a reflexão de seus discípulos, para que encontrassem as respostas por si mesmos.
Esse método, conhecido como maiêutica, usado hoje em diversas atividades modernas, entre elas a terapia tradicional e o coaching, baseia-se no pressuposto de que cada pessoa tem a capacidade de encontrar a verdade que está oculta em si mesma e que só ela mesma pode descobrir, podendo ser ajudada por outras pessoas nessa jornada.
Também Platão enfatizava a importância da conversação e do diálogo como método de conhecimento do ser. Referia-se a estas como “belas conversas”, considerando o diálogo como um meio de autoconhecimento. E pensava, como Sócrates, não ser possível ensinar nada a ninguém. É possível somente acompanhá-lo nessa descoberta da verdade única e absoluta.
Essa é, em primeiro lugar, a função do coach: acompanhar a pessoa no seu processo de reflexão, de modo que encontre as respostas dentro de si e, a partir daí, entre em ação para construir uma vida melhor, com mais satisfação e bem-estar com ela mesma e com a sua vida.
O coaching e a maiêutica compartilham o mesmo objetivo de ajudar as pessoas a descobrirem suas próprias respostas e a desenvolverem seu potencial. Ambos se baseiam na premissa de que a pessoa já possui as respostas dentro de si e que o papel do coach ou do filósofo é ajudá-la a acessá-las.