“Onde as necessidades do mundo e os seus talentos se cruzam, aí está sua vocação.”
Aristóteles
Pouco conhecida no ambiente do trabalho e com impactos físicos, emocionais e financeiros importantes, a menopausa deve ser encarada como uma questão de saúde pública, que, bem compreendida, permite que as mulheres maduras contribuam para a diversidade nas organizações.
A menopausa geralmente ocorre entre 45 e 55 anos – que é a faixa etária de maior probabilidade para uma mulher assumir cargos de liderança. As profissionais na idade da menopausa já representam 11% da força de trabalho, e o número tende a aumentar globalmente à medida que as populações envelhecem.
Em uma recente pesquisa, com 913 mulheres líderes de quatro indústrias dos Estados Unidos (ensino superior, organizações sem fins lucrativos, direito e assistência médica), as autoras concluíram que muitas mulheres sofriam o preconceito de idade do “nunca certo”, ou seja, são discriminadas no trabalho em todas as fases produtivas por diferentes motivos. Um golpe duplo que associa gênero e idade. *1
O estudo demonstra que as mulheres mais jovens (considerada pela pesquisa como menos de 40 anos) geralmente são limitadas - intencionalmente ou não - pela suposição de falta de experiência, foco na sua aparência física e possibilidade de gestação. As mulheres mais velhas (acima de 60 anos) são vítimas da percepção de que não investem mais na organização, são menos produtivas ou não podem ser promovidas. Como relatado por uma das entrevistadas: “enquanto os homens se tornam fontes de sabedoria à medida que envelhecem, as mulheres mais velhas são vistas como ultrapassadas, arrogantes e estridentes”. E as mulheres de meia idade (entre 40 e 60 anos) podem ser consideradas difíceis de administrar, por terem muitas responsabilidades familiares e potenciais problemas difíceis de gerenciar, como a menopausa.