Segundo dados da consultoria Korn Ferry, a participação feminina nos conselhos de administração e alta liderança de empresas tem crescido nos últimos anos. Em 2020, elas estavam presentes em 13% dos conselhos, número que passou para 16% em 2021. Em 2014, era de apenas 7%.
Recente pesquisa do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), aponta uma participação de 15,2% de mulheres dentre os 6.160 profissionais que compuseram a amostra nos conselhos de administração, fiscais e nas diretorias das companhias de capital aberto. Ao se comparar os números com as edições anteriores, nota-se um pequeno aumento na participação de mulheres conforme pode mostrado no gráfico abaixo.
Fonte: Análise da participação das mulheres em conselhos e diretorias das empresas de capital aberto (IBGC, 3ª edição – 2023)
Embora a participação tenha aumentado, o ritmo de crescimento ainda é tímido e poderia ser muito maior. Fica a pergunta, o que podemos fazer para mudar esse quadro?
Doze anos atrás, quando a organização americana Women Corporate Directors (WCD) chegou ao Brasil, ouvia-se no mercado que faltavam executivas capacitadas para ocupar tal função. Essa não é a mais a realidade, somente o WCD Brasil tem uma base de mais de 350 associadas. Noto uma tendência positiva. Existe uma busca pela profissionalização dos Conselhos o que oferece oportunidades para profissionais bem-preparados.
Adicionalmente, nos últimos anos temos visto iniciativas com propósito de acelerar a inclusão da diversidade nos Conselhos através do aumento de participação de mulheres em seus colegiados, tais como:
● Programa Diversidade em Conselhos (PDeC) do IBGC, exclusivo para mulheres, criado em 2014. Sob a direção da Adriana Muratore, promove mentorias com conselheiros(as) experientes, cursos e palestras em temas ligados à governança, promovendo o desenvolvimento de mulheres para ocupar cargos em conselhos.