Desde que me entendo por gente, lembro-me de sempre ter tido uma atração especial pela palavra “paradoxo”. Antes mesmo de compreender o seu significado, já sentia uma forte atração por sua sonoridade, estrutura e plasticidade, além de evocar um ar de mistério.
Por muitos anos, essa palavra sempre esteve presente em minha vida, surgindo ocasionalmente e despertando minha curiosidade. No entanto, ela permanecia isolada, sem qualquer contexto ou significado. Foi então que, quase por mágica, durante minhas reflexões e pensamentos, ela se conectou ao fascinante e enigmático tema da viagem no tempo, da seguinte forma:
Será que um dia seremos capazes de viajar no tempo?
Se considerarmos que a humanidade é infinita, é possível conjecturar que em algum momento, seja daqui a 10, 100 ou mesmo 1 milhão de anos, alguém certamente irá desvendar o segredo da viagem no tempo.
Mas então, por que não vemos hoje nenhum viajante do tempo circulando entre nós?
Pronto agora tudo fazia sentido, estava formado o meu paradoxo da viagem no tempo.
Fiquei eufórico e imediatamente quis gritar aos sete cantos do mundo minha incrível descoberta de que a viagem no tempo nunca será possível, nem mesmo em um futuro distante, pois o simples fato de não termos viajantes do tempo caminhando por aí já comprovava minha teoria.
Foi quando um cético qualquer me disse que eles podem sim estar por aqui entre nós, disfarçados e inseridos em nossa sociedade, apenas nos observando e coletando informações sobre nós, seus ascendentes primitivos.
Mergulhei novamente em meus pensamentos e concluí que essa afirmação tem seu fundo de verdade. No entanto, também podemos
considerar que, no alvorecer dessa descoberta, nossos descendentes muito provavelmente seriam capazes de manter um controle de acesso restrito a essa nova tecnologia. Isso impediria que qualquer pessoa astuta pudesse, de forma sorrateira, romper os sistemas de segurança e voltar no tempo, talvez para conhecer seu avô ou se tornar um milionário ganhando uma fortuna na loteria.