Comunicar é tornar comum, é compartilhar com o outro o que está na minha cabeça e no meu coração.
Quando falamos em liderança, logo lembramos que a maioria das pessoas que ocupam tal posição, nunca receberam um treinamento formal para tal. Alguns passam por um curso com aspectos técnicos da liderança, teorias e modelos, tudo no campo do racional. Poucos, realmente muito poucos, participaram de formações comportamentais sobre desenvolvimento humano e o desafio de liderar pessoas. Assim, os novos líderes acabam por modelar valores e formas de tratar as pessoas que aprenderam com os seus superiores, e por vezes, de modelos que programas, a mídia e os filmes nos trazem.
Cabe lembrar ainda, que muitas vezes, a pessoa que é alçada à posição de liderança de uma área, era a que tinha o melhor domínio da técnica do trabalho. Muito comum que a empresa perdesse seu melhor técnico e ganhasse um líder sofrível. A maioria não recusa a promoção, pois ela vem acompanhada de um aumento de salário, benefícios e o status na “firma” e na família.
Mas como é o modelo de comunicação deste novo líder?
É comum ocorrer um distanciamento dos antigos colegas por medo de perder o controle ou o respeito de seus liderados. Este é um dos maiores inimigos dos líderes juniores, plenos e mesmo dos seniors.
A migração do chefe capataz para o Lider Educador, começou há um bom tempo, mas o que se vê no mercado é ainda um significativo número de líderes que ainda são apenas chefes em busca de resultado e performance. O afastamento do humano, é uma forma de defesa frente aquilo com o qual não sabemos lidar. Ao longo destes mais de 40 anos trabalhando com empresas, principalmente as de grande porte, conheci muitos líderes secos, duros, impessoais, que impunham uma barreira imaginária entre eles e seus subordinados. Também conheci outros que transformavam seus departamentos no que os modelos de gestão chamavam de “clube de campo”.
Poder e autoridade estão meio que juntos e misturados em nossa cultura outrora escravocrata, mas ainda autoritária, onde poder sempre esteve associado ao uso da força e da coerção.
Quando falamos em Liderança Humanizada, é preciso separar estes conceitos.
No modelo anterior, a comunicação estava baseada em “mandar” fazer o que precisava ser feito. No novo modelo, a pessoa que faz passa a ser um agente ativo do processo e passa a ter voz ativa.