Em 1974, Timothy Gallwey publicou o seu livro The Inner Game of Tennis (O Jogo Interior do Tênis), fruto de anos de estudo e observação como professor do referido esporte. Em síntese, o referido livro explica como o diálogo interno, que se passa na cabeça dos jogadores, interfere significativamente no aprendizado e no desempenho dos atletas.
Tim assumiu o trabalho como professor de tênis em 1971, e ao perceber como o jogo interior afetava o desempenho de seus alunos, começou a elaborar formas de focar a mente do aluno na observação direta e no “não julgamento”. Com esta nova consciência, tenistas amadores pareciam naturalmente desenvolver instintos e habilidades de jogadores muito mais experientes, sem receberem instruções específicas.
Após esta descoberta, o “Jogo Interior” foi transplantado para diversas áreas, primeiramente dentro dos esportes, se alastrando para o Ski, Golf e, mais tarde, para o mundo da música, até que tomou conta do contexto empresarial.
Na verdade, o que o autor percebeu é que para todas as atividades humanas deve-se buscar uma forma de silenciar nossos embates internos, de tentar superar os obstáculos autoimpostos pelos nossos receios, angústias, modelos mentais, crenças e suposições
E não seria diferente para a área educacional. Os professores são afetados pelo “Jogo Interior” e, consequentemente, os alunos e sua aprendizagem também.
Uma prova clara desta interferência foi demonstrada pelas pesquisas de Robert Rosenthal e Lenore Jacobson, psicólogos americanos, que demonstraram como as expectativas dos professores afetam o desempenho dos alunos. Segundo os pesquisadores, professores que têm uma visão positiva dos alunos tendem a estimular o lado bom destes, o que os faz obter melhores resultados; inversamente, professores que não têm apreço por seus alunos adotam posturas que acabam por comprometer negativamente o desempenho dos educandos.