“- Uma das coisas que aprendi nestes quase 40 anos na rede é que quando o professor entra na sala de aula e fecha a porta, não importa quem seja o Secretário de Educação ou qual seja o currículo. Na hora de dar aula, ele vai acabar fazendo o que preferir. A tarefa, então, é fazer com que ele se sinta envolvido para que faça o que gostaríamos que fizesse. No final, tudo depende dele”, afirma Eric Nadelstern, ao explicar por que a Reforma de Nova York se preocupou em criar sistemas de apoio presencial ao professor em sala de aula. O sistema ainda está longe de ter conseguido envolver a maioria de seus professores. Mas, de fato, a figura do Professor Coach tornou-se presente na vida de cada escola pública da cidade.
O Professor Coach desenvolve estratégias específicas para as necessidades e pontos fortes de cada escola. Ao mesmo tempo, há estratégias que perpassam diferentes profissionais e organizações que oferecem esse tipo de apoio.
Na medida em que o desafio da qualidade passa a ocupar espaço crescente no debate público sobre educação no Brasil, torna-se importante investigar experiências, dentro e fora do País, que tragam propostas concretas e aprendizados sobre como superar os problemas institucionais da educação. Objetivando contribuir neste esforço, a Fundação Itaú Social e o Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial iniciaram, em 2009, o Programa Excelência em Gestão Educacional, que tinha como uma de suas colaborações a publicação de experiências educacionais que, com suas estratégias e ações, poderiam servir de inspiração para gestores, educadores, empresários e políticos brasileiros interessados em melhorar a qualidade de nossas escolas públicas. A publicação foi organizada em capítulos temáticos, selecionados de acordo com a relevância do tema para as mudanças do sistema de ensino de Nova York, e dentre eles, destaco aqui o tema Professores mentores e o apoio presencial ao professor em sala de aula: Coaching.