Desenvolver talentos é uma das principais responsabilidades dos líderes em qualquer ambiente organizacional. Para isso, os líderes deveriam ajudar seus times a identificar suas maiores habilidades e seus maiores pontos fortes, e a partir daí criar oportunidades para que eles consigam desenvolver todo o seu potencial.
Até parece bacana, simples e fácil, mas não é...
O grande problema é que o ambiente organizacional está impregnado de fatores que provocam nas pessoas o fenômeno do desamparo aprendido, conceito construído na década de 60 pelo psicólogo americano Martin Seligman, o qual corresponde a uma condição psicológica em que as pessoas aprendem a ser passivas e não reativas diante de situações adversas que acreditam que não podem controlar.
Essa sensação de impotência e ineficácia frente a situações desafiadoras acontece quando os colaboradores percebem que seus esforços são irrelevantes, suas opiniões não importam e suas contribuições individuais não são valorizadas, mesmo quando acreditam que tem a capacidade de melhorar as circunstâncias do seu trabalho, levando-os a ficarem desmotivados e a não conseguirem alcançar o seu máximo potencial.
Da mesma forma que esse estado é aprendido, ele também pode ser evitado ou desaprendido, por meio de intervenções adequadas.
É aí que entra a importância de uma liderança positiva, consciente e atuante...
A liderança positiva pode desempenhar um papel importante na prevenção do desamparo aprendido nas empresas, através da promoção de um ambiente de trabalho seguro e acolhedor, que valoriza as pessoas e as incentiva a contribuir, mas também através da aplicação de práticas que promovem a autoestima, a autoconfiança, o engajamento e a resiliência.