O que distingue o Coaching Ontológico dos demais tipos de Coaching? Que conteúdos mínimos devem conter a formação? Como um profissional pode e deve ser avaliado, inclusive para fins de acreditação? Essas e outras muitas perguntas nortearam o trabalho de um grupo internacional reunido pela Federation of Professional Ontological Coaching – FICOP. O projeto, chamado “Integrando Caminos”, visava a criação de um documento que definisse o perfil de um Coach Ontológico Profissional a ser observado pela comunidade de todo o Mundo.
Para tanto, os representantes dos países passamos por um processo preparatório que contou com o apoio de referências mundiais como Julio Olalla, Rafael Echeverria e Alicia Pizarro. Foram meses de estudos, encontros, conversas e revisões num processo colaborativo e aberto. O resultado, quero compartilhar aqui na coluna para que possamos abrir espaço para conversas sobre os pontos mais importantes do documento.
Ressalto que uma visão relevante do grupo foi manter-se fiel aos fundamentos da ontologia. Portanto, a ideia foi expressar no perfil, nas habilidades, atitudes, alinhamento ético e conhecimentos requeridos linhas gerais que dessem espaço à contínua construção do ser, tanto do coach como de seu cliente. Portanto, segue:
Perfil de Coaches Ontológicos Profissionais
1. Analisam e intervêm, com base no conhecimento técnico-científico, os fenômenos associados à ação humana.
2. Reconhecem e compreendem a complexidade e a particularidade da ação humana.
3. Articulam a teoria e a prática do coaching ontológico, analisando situações humanas compreendidas na sua singularidade e contexto, com uma atitude de escuta ontológica que lhes permite compreender cada situação como um caso particular.