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Edição #115 - Dezembro 2022

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A busca do equilíbrio

Poderia começar esse artigo citando percentuais de diferenças salariais entre homens e mulheres, de mulheres em cargos de conselhos ou de liderança, ou ainda como os números de mulheres negras nas empresas que não correspondem aos percentuais da população. Poderia também dar índices de mulheres negras trabalhando em posições “invisíveis” nas grandes empresas.  Se acrescentarmos a maternidade, uma rápida olhada na internet nos obrigaria a usar palavras como: culpa, sobrecarga, esgotamento, burnout, licença maternidade, depressão pós-parto, demissões, stress, pressão e muitas outras palavras carregadas de peso.

Sabemos por publicações, pela literatura ficcional, pelas redes sociais, por reportagens de revista, que não é fácil ter uma carreira e ser mãe.  Muitas de nós vivemos isso e sabemos que pouco falamos sobre, até porque pode atrapalhar nossas conquistas profissionais. Na maioria das vezes, damos a impressão de que tudo é normal, que damos conta e por isso a supermulher é bem conhecida, em todas as camadas sociais, há pelo menos 3 décadas e não só no Brasil.

Resolvi fazer um artigo livre, histórico, como testemunha dessas 3 décadas.

Comecei minha vida profissional como executiva em 1972, numa agência de publicidade multinacional que fazia a propaganda para a Gessy Lever, hoje Unilever.  Pouco se falava sobre mulheres no trabalho. Eu, antes de estar na agência, trabalhava na profissão permitida para mulheres de melhor condição social: professora primária. Às mulheres cabiam profissões correlatas ao papel reservado no lar: cuidar de crianças, ser enfermeira, cuidar de doentes e idosos, fazer limpeza etc. A maioria trabalhava em casa, cuidando dos maridos e filhos.

Mas as mulheres resolveram sair das suas caixinhas. Eu, por exemplo, fui trabalhar numa agência de publicidade, com 20 anos, onde a maioria dos funcionários eram homens. Naquela época, eu costumava dizer que as pessoas acreditavam nas caixas. Descobri depois que isso acontece sempre. Sabe, aquelas caixas, caixinhas e caixotes, onde se separam as coisas?  Fragmentam-se valores, estilos de vida, credos? Eu, recém-chegada ao mundo do trabalho, não queria entrar em nenhuma caixa. Pertencia a várias. Sentia que era várias mulheres e o pior, às vezes, homem. Queria ter filhos, fazer crochê, escrever um livro, cozinhava, era (ou sou) meiga e frágil afetivamente. Mas em mim morava, uma guerreira, que queria estar na sociedade, estudar, influir. Vivíamos uma ditadura, além de tudo. Mulher, não pode? Pois bem, tentei ser homem! Mas não era homem, apesar de trabalhar como um.

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