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Edição #115 - Dezembro 2022

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Mulheres, maternidades e trabalhos (remunerados ou não)

Mulheres trabalham e mulheres são mães: muitas vezes essa é uma equação difícil de compreender por abranger dimensões e recortes múltiplos de possíveis análises. Mesmo assim, se trata de um debate absolutamente necessário para a sociedade como um todo. Ou seja, precisa envolver homens, mulheres, pessoas LGBTQIA+, empresas privadas, setor público, jurídico etc., porque estamos falando de mais da metade da população adulta de nosso país e de todos os bebês, crianças e adolescentes.

Para adentrarmos essa equação é preciso também abarcar recortes de raça e classe, porque as realidades das mulheres que trabalham são muito diferenciadas de acordo com a cor e o lugar na cadeia produtiva que ocupam. Portanto, início essa conversa trazendo a lembrança de múltiplas realidades para convocar em você que lê este artigo o exercício imaginativo e delicado de não universalizar sua própria vivência e de imaginar concepções e modos de vida diversos, mas que podem provocar sentimentos e principalmente sofrimentos comuns. Procuro evitar que as palavras “mulher”, “maternidade” e “trabalho”, gerem a imagem de uma mulher branca, executiva, de classe média alta. Tente por favor ampliar essa ideia e incluir mulheres periféricas, negras, autônomas, trabalhadoras domésticas, trabalhadoras rurais, ribeirinhas, indígenas e toda uma gama possível de mulheres.

Diante destas realidades diversas, mulheres têm necessidades específicas. Precisamos compreender as sutilizas do ser mulher-mãe atravessado por nosso tempo para que seja possível enquanto governo, enquanto empresa, enquanto família, cuidar delas. 

Enxergo um fio em comum nessas realidades múltiplas: para uma mulher-mãe trabalhar ela costuma convocar outra mulher (de forma remunerada ou não) para cuidar de seus filhos enquanto ela está fora. Na imensa maioria das vezes, mulheres direcionam uma grande parcela de seu salário para pagar outras mulheres para cuidar de seus filhos. Mulheres estas que, por sua vez, recebem para cuidar dos filhos de outras pessoas, enquanto gastam uma parcela de suas receitas para pagar os cuidados de suas próprias crianças. Não consigo pensar em mulher e trabalho sem ressaltar este fato indigesto: vivemos em uma sociedade que paga as pessoas para cuidar dos filhos de outras pessoas, mas não das próprias crianças. Ou seja, cuidar dos próprios filhos não é considerado trabalho e, portanto, não tem valor aos olhos da sociedade.

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