Para falar sobre manejar estados de ânimo, primeiro é importante entendermos a distinção entre estados de ânimo e emoções. Embora estejam diretamente relacionados, as emoções são manifestações biológicas e corporais decorrentes de experiências especificas vivenciadas nas relações que estabelecemos com o outro ou em decorrência de fatos que atravessam nosso cotidiano. Assim, as emoções tendem a ser pontuais e passageiras. Já os estados de ânimo surgem a partir do nosso cognitivo, ou seja, da forma como pensamos ou refletimos sobre algo, sendo mais permanentes, se configuram como predisposições à ação ou não ação. Ou seja, os Estados de Ânimo também podem nos colocar em total letargia.
Fernando Flores, professor, pensador contemporâneo e precursor da Ontologia da Linguagem, aponta que os estados de ânimo impregnam nossos mundos, são nossa sintonia afetiva com nosso contexto vivido, seja no âmbito individual ou coletivo. Eles são a coloração que damos ao mundo que nos rodea.
Os estados de ânimo estão ancorados nos nossos juízos, os quais se formam nas nossas experiências. Geralmente se manifestam de forma automática, ou seja, não somos conscientes dos nossos estados de ânimo de forma natural, por isso eles ajudam a moldar nossa forma de estar no mundo e viver nossa vida. Como dizemos no coaching ontológico, é ele que dá a liga na coerência corpo, emoção e linguagem. Sempre estamos em algum estado de ânimo, sejam eles expansivos ou restritivos.