O tema de Cultura Organizacional é fascinante. E, na complexidade organizacional, ele não existe per se. A cultura ganha relevância quando se pretende levar a Organização de um status quo determinado, para um outro desejado. Esta é a “raison d'être”, a parte substantiva, de quando se pretende trabalhar com cultura organizacional. Isto é, efetivamente, quando e onde, os segmentos de objetivos e propósitos organizacionais careçam de densa e pertinente conversa, entendimento, com os seres humanos que militam naquela organização e com seus propósitos, objetivos e princípio e valores. Há espaço para se trabalhar as motivações, os processos de comunicação, o compartilhamento, o processo decisório e, especialmente, os modelos de liderança e negociação. As pessoas e suas complexidades em Organizações sempre foram o meu trajeto de vida.
Desde 1968 trabalho com Cultura Organizacional, quando caiu em minhas mãos algo pioneiro e transformador. O livro “Psicologia Social das Organizações” de Katz & Kahn e resolvi aplicá-lo. Um marco de inovação para se compreender o homem e as organizações. Como disse magistralmente Kurt Lewin, “Nada Mais prático do que uma boa teoria”. A Teoria era boa e a Prática viável. A psicologia organizacional iniciou a estudar o comportamento dos indivíduos por meio do estudo da estrutura social da organização. Buscava a explicação para o mal funcionamento dos membros de uma organização ao nível de sistema social e não ao nível da personalidade. As organizações consistem em comportamentos padronizados e o comportamento de cada indivíduo é determinado, em parte, pelas exigências do padrão mais amplo. A estrutura da organização consiste em um conjunto de acontecimentos que se repetem para completar e renovar o ciclo de atividades. A estrutura social é um conceito dinâmico. As atividades são concatenadas de modo a formar uma unidade. Um simples ciclo de acontecimentos nos dá uma forma simples de estrutura. Os ciclos também podem combinar-se formando uma estrutura maior ou um sistema de acontecimentos (Katz e Kahn). Essa rede de acontecimentos provoca reações e motiva comportamentos.