"Coloquem suas mãos no coração como eu faço e escutem sua alma, e todos saberão como dançar tão bem como eu ou minhas alunas. Lá está a verdadeira revolução. Deixem as pessoas colocarem as mãos assim nos corações e, escutando suas almas, saberão como se portar".
Isadora Duncan (1877-1927), bailarina norte-americana e pioneira da dança moderna.
Os primeiros segundos de uma música já possuem força inspiradora suficiente para fazer com que um bebê movimente seu corpo e abra um sorriso de inigualável contentamento.
Mesmo sem saber andar ou falar, esse bebê já sente que, dentro dele, algo pulsa mais forte: a sua vontade de dançar e escutar os variados ritmos e estímulos sonoros que o cercam.
Comprovadamente, nessa maneira empírica de observarmos as crianças de nossa convivência, notamos esse natural balançar. A grande pergunta, e que vai dar o tom reflexivo desse artigo, é: por que paramos de dançar? Por que nós, adultos, nos afastamos dessa relação tão espontânea? Se todos já nascemos com a dança, o ritmo e o movimento dentro de nós, como bem visualizamos nos bebês, por que paramos de acessar essas tecnologias tão inerentes ao desenvolvimento humano?
As respostas a essas perguntas são incontáveis, mas os exemplos mais recorrentes são: falta de tempo, timidez, vergonha e falta de um parceiro(a). Há, no entanto, para todas essas objeções que criamos, uma solução. Ou melhor, uma ação: a reconexão com nossa essência e singularidade.
Foi assim, em virtude da alta demanda de atividades no dia a dia e da exigência cada vez maior de uma alta performance profissional afastada do bem-estar, que criei o Método Back2Dance, que nos convoca a esse resgate da dança, uma tecnologia nativa humana que nos permite, dentre outras coisas, voltar para a casa das nossas emoções, vontades, sentimentos e habilidades, facilitando, dessa forma, a ampliação de todos os campos de nossa saúde, incluindo a mental.