Muito se escuta falar das competências da International Coach Federation - ICF, mas ainda que este seja um tema muito discutido, insisto na necessidade de lançar luz sobre este assunto, pois em minha opinião, a compreensão do encadeamento das competências incrementa significativamente a atuação de um coach, especialmente para os coaches ICF que pretendem ter uma credencial, que foi o que aconteceu comigo.

Há algum tempo, antes de conquistar minha credencial, assistindo um webinar de uma master certified coach (MCC) ICF, escutei algo que abriu meus horizontes e me ajudou a decidir ser uma coach certificada ICF: “a ICF trabalha com competências, não com ferramentas de coaching”. Uma luz se acendeu em mim ao escutar esta frase, porque entendo que são coisas distintas. A competência para mim diz de algo que aprendo e desenvolvo, me coloca em interação seja com a pessoa ou situação e por isso é aberta. Somente a ferramenta me remete a uso, desuso, certo, errado, algo fechado.  Particularmente, entendo que a competência pode, ou não, determinar a eficácia da ferramenta e a circunstância é que determinará se foi eficaz ou não.

Senti-me provocada a me inteirar mais da instituição da qual eu era uma associada, relacionar-me com seus propósitos e assim eu iniciei um caminho que ampliou e amplia continuamente meus olhares para o coaching.

Ocupei-me em entender o código de ética, o encadeamento das quatro perguntas norteadoras de uma sessão e as competências. Quanto mais eu estudava, mais eu deparava-me com uma visão sistêmica, muito bem entrelaçada do que propõe a ICF para o processo de coaching. Passei a compreender que a separação destes assuntos se dava mais por questões didáticas, para facilitar o processo de aprendizagem e evolução do coach.