Quem escolhe o trabalho em organizações, certamente, enfrenta desafios e, algumas vezes, deve se perguntar o que ou por que está atuando naquela determinada empresa. Há decepções, conflitos que surgem entre o objeto da contratação e as expectativas e/ou agenda reais e, às vezes, ocultas; isso só para nomear algumas intercorrências desse cenário. No meu caso, mantenho-me no que faço porque acredito muito no potencial transformador de uma organização e na relevância da liderança para que esse papel possa ir se revelando e evoluindo. É minha missão e a razão pela qual migrei para área de desenvolvimento humano e organizacional há mais de 10 anos. Organizações são formadas por pessoas e constituem, elas próprias, observadores do Mundo com sua corporalidade, emocionalidade e linguagem.
Empresas querem resultados e a conversa acerca do retorno sobre o investimento no Coaching é recorrente e não há ainda uma fórmula conclusiva. E talvez, se houvesse, ela não seria ontológica. O fato é que o conceito de resultados mudou muito no último ano e tem ido além daquele estritamente financeiro. Aumentar o capital de confiança, por exemplo, passou a estar entre um dos resultados mais almejados. Outro sinal dos tempos são as relações de poder que têm mudado radicalmente nesse âmbito (acompanhado, claro, pelas demais esferas sociais) sendo substituídas por relações de autoridade com espaço, inclusive, para a autogestão. E aqui cabe ressaltar etimologia dessa palavra, originada da forma latina “auctorĭtas”, proveniente de auctor, associada à figura ou modelo de liderança criadora, comprometida com aprimoramento ou crescimento.