“Quando eu falo de amor, não estou falando de uma reação sentimental e fraca. Estou falando daquela força que todas as grandes religiões veem como supremo princípio unificador da vida. O amor, de alguma forma, é a chave que abre a porta que leva à última realidade. Essa crença hindu-muçulmana-cristã-judaico-budista é lindamente resumida em amemos- uns aos outros”
Martin Luther King
Algumas expressões que mais ouvi durante o período de confinamento devido as restrições impostas pela atual pandemia foram algo como “precisamos de amor,” “precisamos amar mais uns aos outros”, “essa é uma grande oportunidade de demonstrarmos amor”. Vocês também devem ter ouvido frases similares.
No entanto, percebo que, como disse Diane Ackerman em Uma história natural do amor: “Todo mundo admite que o amor é maravilhoso e necessário, mas ninguém consegue concordar com sua definição”.
Tenho pesquisado alguns caminhos para exercer de forma prática esse amor e quero abordar um caminho em especial, simples e poderoso, que tenho redescoberto: a escuta como ferramenta para conexão humana, para a criação de um espaço de desenvolvimento e de amor.
Uma vez, ouvi uma frase em um encontro que me fez abrir os olhos sobre esse tipo de amor, eu estava com mães da periferia de São Paulo, conversando sobre Comunicação Não Violenta e criação de filhos quando uma delas levantou a mão e me disse: “Debora, acho que você está tentando nos ensinar a amar uns aos outros!”. Eu estava justamente facilitando um exercício de escuta!