(Discover – What the coaching ecosystem needs to do to become anti-racist?)
Apresentado no Converge 2021 por Charmaine Roche e pelo Jonathan Passmore
Esta foi a sessão do Converge que escolhi compartilhar pois foi uma das mais completas que assisti: me emocionou, me deu dados específicos como os resultados do estudo global sobre “Justiça Racial, Equidade e Pertencimento em Coaching” e uma lista de recomendações de ações, me convidou à reflexão e a me aprofundar nos temas tratados. Além disso tenho sentido uma necessidade de falarmos mais sobre temas como inclusão, justiça social, diversidade etc. que nos afetam como seres humanos e coaches, antes de falarmos sobre eles com nossos clientes ou com o mercado. Estes são temas vivos, cujos conceitos têm sido revisitados e atualizados, são relevantes no momento que vivemos e estão presentes nos sistemas dos quais fazemos parte.
Costumamos dizer que os coaches acolhem e desafiam seus clientes. Senti exatamente isso durante a palestra realizada pela Charmaine Roche e pelo Jonathan Passmore, assim como ao ler o relatório da pesquisa global que eles realizaram e na qual se baseou a apresentação. Ela explorou a perspectiva de diferentes stakeholders, durou 18 meses e foi estruturada assim:
• revisão bibliográfica sobre o tema;
• foram realizados grupos focais com coaches BIPOC, termo em inglês que significa “black, indigenous, people of color” (que pode ser traduzido como: pessoas negras, indígenas e de cor. Nota: o termo pessoas de cor é utilizado para as pessoas que não são brancas). Esses coaches são de 5 países diferentes: EUA, Inglaterra, Quênia, África do Sul e Nova Zelândia;
• entrevistaram o principal líder das 4 associações profissionais mais importantes;
• foram entrevistadas 8 universidades que formam coaches através de programas de pós-graduação ou formações acreditadas;
• foram realizadas entrevistas com 4 fornecedores de serviços de coaching ao nível nacional ou global.
Mas vamos começar pelo título, que já foi provocador! “O que o ecossistema de coaching precisa fazer para se tornar antirracista?”. E o que significa ser antirracista? Pela definição usada pelos autores é “o processo ativo de identificar e eliminar o racismo ao mudar sistemas, estruturas organizacionais, políticas e práticas para que as disparidades nos sistemas educacionais, de emprego, saúde e bem-estar, moradia e justiça criminal que são resultado do racismo sistêmico sejam removidos.”