Que honra coordenar este dossiê! Primeiramente agradeço ao Luciano Lannes pelo convite para a minha contribuição nesta edição e por confiar em mim a deliciosa missão de reunir outros especialistas no assunto. Me traz grande alegria compartilhar com vocês os temas de autocuidado e autocompaixão, tão relevantes e úteis para nossas vidas.
Participei da edição 99 da revista, junto a um seleto grupo de autoras, abordando a importância da autocompaixão e do autocuidado na prevenção do burnout.
Pelo interesse de alguns dos participantes, na sessão de perguntas e respostas do webinar sobre o dossiê, Luciano teve a inspiração de destacar a autocompaixão e o autocuidado como tema principal de uma próxima edição. E aqui estamos nós!
A autocompaixão é um tema muito especial para mim desde quando realizei meu mestrado em neurociências, onde estudei o papel da autocompaixão em mulheres líderes. A partir de então, busco estudar, praticar e me aprimorar neste assunto, que há alguns anos veio chegando de fininho no Brasil mas, que cada vez mais vem ganhando seu espaço e relevância aqui.
Kristin Neff, psicóloga americana foi pioneira em trazer o conceito de autocompaixão para o ocidente e para nossa literatura. Segundo ela, a autocompaixão é a compaixão direcionada para nós mesmos. É no momento que sofremos, falhamos ou passamos por alguma dificuldade, podermos cuidar de nós mesmos da mesma forma que cuidaríamos de um amigo querido, com bondade e gentileza. É uma habilidade que podemos cultivar, aprimorar e acessar como um recurso.