“As boas equipes se tornam ótimas
quando os membros confiam uns nos outros
o suficiente para renunciar o Eu pelo Nós.”
Phill Jackson (ex-técnico do Chicago Bulls)
Este artigo tem como objetivo apresentar observações e conceitos da prática performativa que evidenciam um olhar para a parte final de processos de coaching de equipes, advindo de processos realizados por mim e minha parceira. Para tanto, foram exploradas as dinâmicas explicitadas em narrativas de experiências próprias na criação de programas de coaching de equipes, e também a partir de reflexões acerca da prática dos dois coaches, Rubio Soares e Dulce Soares.
"Reunir-se é um começo, permanecer juntos é um progresso e trabalhar juntos é um sucesso"
Henry Ford
Penso que seja um bom caminho iniciar a minha escrita explicando o porquê do título deste artigo - Equipes de AUTO desempenho ou "ALTO desempenho" - Quando a Equipe é o Coach da própria equipe.
Equipe de AUTO Desempenho
Auto é um prefixo (de origem grega) ou um elemento composicional que permite designar aquilo que é próprio ou que funciona por si mesmo. Logo no texto a seguir, no termo "auto desempenho", faço referência às equipes que atingem grande efetividade prática e passam a ser o coach delas próprias, após uma profunda transformação vivenciada no coaching de equipe, o auto que me refiro está vinculado aos Princípios ligados ao ato de aprender do paradigma transdisciplinar de Borges, 1994 – A Construção do Ser e do Saber. O Princípio de Atividade (no sentido de busca, de movimentos internos, rumo à pesquisa, ou seja, como posso fazer melhor aquilo que já faço), o princípio de autoridade (no sentido de autoria e autonomia), o princípio de criatividade (a capacidade inventiva e de criação em ação) e o princípio de liberdade (exercitando nossa capacidade de escolha).