revista-coaching-brasil-logo-1 icon-bloqueado icon-busca icon-edicoes icon-login arrow-down-sign-to-navigate

Blog

Localize rapidamente o conteúdo desejado

COMO AUMENTAR SEU REPERTÓRIO EM COACHING

Luciano S. Lannes Por Luciano S. Lannes em 21/11/2018

Peter Drucker disse que a melhor forma de se prever o futuro é criá-lo. Faz todo sentido quando diz respeito a nossa vida e a temas sobre os quais temos alguma influência e domínio.

Entretanto, quando trabalhamos com nossos coachees, eles, frequentemente, nos surpreendem com frases, posturas, ideias, posições, para as quais ficamos sem ação naquele momento. Como podemos nos preparar para situações deste tipo?

Aumentando nosso repertório de experiências.
O mais interessante quando falamos em pessoas e experiências é que não precisamos necessariamente passar pela experiência, de forma literal, para tirarmos aprendizado dela. Por exemplo, se estamos na praia e vemos uma pessoa nadando a determinada distância e não conseguindo retornar à praia, sendo necessário que o salva vidas vá buscá-la e trazê-la em segurança de volta, não precisamos entrar no mar para compreender que há risco de sermos levados pela correnteza. Aprendemos com o outro, com a experiência do outro. 

Esta capacidade do ser humano é fantástica e nos economiza muita dor, tempo e dinheiro.

A Revista Coaching Brasil tem exatamente este propósito, o que trazer informação, que se traduz em experiências para nosso cérebro e que nos permite traçar cenários, fazer paralelos, cruzar dados e, interiorizar conhecimento. Tudo através da leitura. Não é fantástico?

Veja este exemplo. Em nossa seção “Um outro olhar” um coach experiente analisa uma questão e apresenta uma reflexão sobre ela.
Em nossa edição 24, de maio de 2015, Claudia Gonçalves fez esta reflexão. Leia este artigo na íntegra abaixo.

Claudia Miranda Gonçalves
Coach e consultora sistêmica,
psicóloga e consteladora organizacional
e.humano@gmail.com

Nossa coach Maria nos traz o seguinte caso: – Estou iniciando no coach e ainda tenho certas dificuldades em meus encontros. O mais sério, que trago em busca de “um outro olhar”, é que meus coachees são muito travados para definir tarefas e ações para após os encontros e ai eu acabo dando a tarefa, por aquilo que eu “acho” que surtirá mais efeito. Sei que estou sendo diretiva, que tenho que preservar uma postura neutra, mas não sei se é por causa de uma vida inteira opinando sempre que não consigo me calar. Estou totalmente errada? Como posso mudar minha postura?
A questão que a Maria traz sobre a dificuldade dos clientes em definir tarefas e ações para após os encontros é muito interessante e não ocorre apenas com coaches menos experientes. Dito isso, não necessariamente é uma dificuldade do coach, mas antes do coachee. Dentro de uma visão mais tradicional, nós nos faríamos as seguintes perguntas: – Este sentimento de ansiedade ou de necessidade de ser diretiva é meu mesmo ou tem algo a ver com o coachee? – Se for meu como coach, o que este sentimento tem como função? – Qual seu benefício? – Se for reflexo de algo do coachee, posso compartilhar meu sentimento e observar sua resposta? – Quando sou muito diretiva, que aspecto de minha identidade está atuando? – Que imagem faço de mim enquanto coach? – Para ser a (o) coach que imagino, quem devo me tornar? Eu especialmente gosto muito de pensar sobre isto, porque assim também entro em contato com minhas crenças e necessidades. Ao me conhecer melhor como coach, posso também entender melhor meus pontos fracos! Essa dificuldade do coachee em estabelecer ações ou tarefas pode indicar alguma resistência? O que esta resistência pode representar? A dificuldade pode ter a ver com um choque com valores ou crenças do cliente em relação a meta. Há clareza sobre a meta? Como estão seus “sentir, pensar e agir” em relação a meta? Quem mais será afetado por sua meta? Como coach, eu consigo abrir espaço para conviver e dar continência às dificuldades do coachee? Se eu não consigo, qual a consequência? Que mensagem isso passa para o coachee? Consegui de forma clara explicar ou oferecer critérios de como se constrói uma boa tarefa? Dei exemplos? Pode ser que o coachee queira me agradar ou me impressionar e acaba se bloqueando? Será que ele imagina que exista certo ou errado para as tarefas? Ao olhar esta dificuldade como algo que acontece entre coach e coachee, podemos ter mais insights do que se olharmos a dificuldade como estando em um ou em outro como sugerem as perguntas acima. É a interação entre coach e coachee que aqui podemos analisar. O que trago de meus contextos que pode afetar a forma que peço ao coachee para definir uma tarefa? O que acredito sobre ele quando peço que defina sua tarefa? Como o vejo?
Pode ser que como coach, inconscientemente, eu esteja vendo o coachee como alguém menos capaz que precisa de ajuda – e não surpreende que ele não consiga especificar uma tarefa. Ou ainda, que seja alguém que não tem clareza ou é confuso. E meu julgamento sobre o coachee também influencia na resposta que ele dará. Pode ser que eu imagine que como coach tenha que ser amplamente responsável pelo sucesso do processo, por conduzir uma sessão perfeita! Aqui há o risco de assumir a responsabilidade pelo cliente. Mas, o que acontece quando assumo a parte do cliente? Este tipo de ajuda realmente ajuda? Será que no fundo não estou subliminarmente lhe subtraindo a autonomia? Portanto, não importa se somos coaches experientes ou inexperientes, sempre precisamos estar alertas ao que se passa dentro de nós. Escutar também nossos diálogos internos e sempre nos questionarmos se o que estamos sentido é nosso ou do coachee. Este estado de alerta pode nos manter mais presentes, mais abertos a perceber o tecido invisível sendo tramado durante as sessões. Se não nos atentamos ao terceiro elemento presente na sessão – este tecido invisível – podemos correr o risco de agirmos em nosso piloto automático; e o coachee também. E então não haverá mudança nem sucesso no processo de coaching de forma sustentável e perene. Manter uma visão sistêmica, ou seja, estar aberto a olhar as diversas dimensões e contextos que atuam na sessão de coaching é um ingrediente importante para possibilitar a mudança que o coachee busca. Na sessão temos a interação do coachee com o coach, o contexto de cada um, as metas e a relação que ocorre entre os dois e seus contextos. Se estivermos atentos também ao sentir – a tarefa está mais claramente conectada com o pensar e agir – quem sabe destravamos? Finalmente, uma última provocação: que sentimentos e padrões se ver como uma coach inexperiente desperta em você, Maria? Alternativamente, que padrões e sentimentos se ver como uma coach mais experiente lhe traria? Qual a diferença?

Viu como saímos deste texto com outras opções, com outras visões?

Este é o poder que o compartilhar de experiências nos traz.

Como nosso assinante você terá mais de 750 artigos, casos, estudos e reflexões para levar você a um outro padrão de performance.

Vem conosco, assine e desfrute de um novo mundo de informação e conhecimento.

Grande abraço,

Luciano Lannes Editor

Veja mais:

Mensagem de Natal

Que neste final de ano possamos refletir sobre um ponto tão importante que é a forma como vemos a mulher, seu trabalho e a maternidade.  Que possamos sentir de forma autêntica nossas emoções e tomemos consciência de nossos estados de ânimo. Que mais do que cuspirmos respostas prontas, possamos desenvolver a arte de perguntar.  Que possamos revisitar nossos valores para afinar... leia mais

Dezembro 2022
4 minutos

Coaching - guia prático para não falar bobagem

O nome completo deste texto é "Coaching - guia prático para não falar bobagem e parar de chamar de Coaching o que não é". Cresce a cada dia o número de artigos, vídeos, podcasts falando sobre o Coaching, ou fazendo citações e comentários. Como é um tema que tem ganhado repercussão, jornalistas de vários veículos da mídia, produtores de conteúdo, influenciadores digitais estão... leia mais

Fevereiro 2022
32 minutos

Você tem perdido muita informação importante ultimamente?

Sem dúvida que sim e eu também.  O resultado?  Uma sensação de impotência e frustração.  A questão que nos aflige é:  "Como ser um bom profissional se mal consigo estudar o que já se sabia sobre minha área, antes de eu aqui chegar, o que dirá acompanhar o que está sendo produzido e despejado nas redes sociais?" Este é o novo dilema do... leia mais

Outubro 2021
8 minutos

Em consideração aos nossos 8 anos peço alguns preciosos minutos de sua atenção

Caros amigos e amigas,  compartilho com vocês, nestes tempos difíceis, uma alegria e uma dúvida em relação ao futuro, e quero dizer que este futuro depende muito de você, que lê este email.  Acredito muito que informação tem um poder transformador. Informação adequadamente processada se torna conhecimento e este colocado em prática e interiorizado, sabedoria. Este é... leia mais

Julho 2021
6 minutos

Os 3 grandes segredos dos coaches bem-sucedidos

Dia desses conversava com alguns amigos da área, que produzem excelentes conteúdos, sobre as características das pessoas que buscam atualização na internet. Sabemos que atualmente temos uma avalanche de conteúdos, seja em textos, áudios ou vídeos. Com este volume massivo de informação as pessoas se sentem perdidas frente a tanta oferta, que acaba ocorrendo uma... leia mais

Julho 2020
9 minutos
O melhor conteúdo sobre Coaching em língua Portuguesa
a um clique do seu cerébro
Seja Premium