Leia nesta postagem o texto de apresentação do dossiê que Rosa Krausz escreveu para esta edição que aborda o Coaching Executivo e Empresarial e a Análise Transacional.
No final desta postagem você também encontra um link para ler o artigo, também de autoria de Rosa Krausz, intitulado “COACHING EXECUTIVO E EMPRESARIAL E ANÁLISE TRANSACIONAL”.
Este é um dos cinco artigos deste dossiê que faz uma costura muito interessante da Análise Transacional com o Coaching Executivo especificamente. Embora o foco abordado tenha sido o Coaching Executivo e Empresarial, é fácil fazer as correlações com outras abordagens do Coaching.
Leia abaixo a apresentação deste dossiê:
Coordenação de Rosa R. Krausz
Coach Executivo e Empresarial – ABRACEM
Membro Didata - ABRACEM
Full Member – WABC
Membro Didata Organizacional – ITAA e UNAT-BRASIL
Formação e Supervisão de Coaches EE.
rokra@terra.com.br
Embora tanto do ponto de vista intuitivo quanto do ponto de vista racional seja fácil
perceber a estreita relação entre Coaching Executivo e Empresarial e Análise
Transacional, sua aplicação apresenta um desafio. Dominar suficientemente a teoria e
a prática, de modo a identificar com clareza os pontos de convergência, pesquisar
divergências ou eventuais incompatibilidades, exige atenção e dedicação.
Trata-se de uma tarefa que envolve isenção, considerando que existem inúmeras
outras abordagens, cujas raízes, tais como a Análise Transacional, estão fincadas em
linhas terapêuticas que se propõem a explicar o comportamento humano nas
organizações a partir de quadros de referência conceituais utilizados em processos
terapêuticos. Estes nem sempre consideram a dimensão sócio cultural, fator este que
determina não só padrões de comportamento vigentes numa organização como
também o nível de resistência a eventuais mudanças destes padrões.
Os habitantes do mundo corporativo carregam consigo um conjunto complexo de
valores, preconceitos, hábitos e percepções, acumulados no correr de sua trajetória de
vida ao ingressar numa organização. Esta, por sua vez apresenta uma maneira de ser
sui generis, constituída por sua cultura e cujos padrões nem sempre são compatíveis
com a maneira de ser de seus colaboradores. Tal incompatibilidade poderá gerar
conflitos, resistência à mudança, rotatividade, insatisfação pessoal/profissional, baixo
comprometimento com resultados - disfunções estas que tendem a ser tratadas
através de treinamentos padronizados, muitos dos quais desconsideram a
disponibilidade e a diversidade das demandas/necessidades dos treinandos.
Tanto o Coaching Executivo e Empresarial, como o entendemos, quanto a Análise
Transacional, apresentam uma proposta comum: a de contribuir para que as
pessoas aperfeiçoem sua capacidade de aprendizagem, seu autoconhecimento,
sua autoconsciência.
Considerando que há uma subutilização crônica do potencial humano, caberia a cada
indivíduo a responsabilidade de alavancar/otimizar o uso de seus recursos para
chegar onde deseja estar como pessoa, como profissional e como membro de uma
sociedade. Em suma, atingir a autorrealização e desfrutá-la em todas as áreas de sua
vida.
A Análise Transacional Aplicada às Organizações, dada sua versatilidade e clareza,
operacionalizou aspectos de sua teoria sobre comportamento humano. Ajustou
conceitos adequando sua utilização ao meio empresarial. Desenvolveu um
instrumental potente para a compreensão da dinâmica do relacionamento humano, da
qualidade e eficácia da comunicação, do exercício da liderança, da resolução de
conflitos e da importância do reconhecimento, para citar alguns aspectos. Além de
ampliar a visão do comportamento humano, inseriu também a perspectiva sistêmica,
ou seja, a necessidade de considerarmos o contexto organizacional bem como sua
cultura, como elementos que poderão facilitar ou dificultar a aprendizagem e o
desenvolvimento das pessoas.
Sua contribuição para o Coaching Executivo e Empresarial é abrangente. Facilita a
construção da relação de confiança entre Coach e Coachee, cria um clima de
segurança propício à reflexão.
Por ser um relacionamento nivelado, favorece a aliança de trabalho, evitando a
emergência de jogos de poder e de simbioses que prejudicam o processo de Coaching
Executivo e Empresarial, bem como o desenvolvimento, a capacidade de gerar opções
e a autonomia do Coachee.
Os artigos que compõem este dossiê constituem uma breve visita ao tema. Nossa
intenção é levar ao leitor mais uma contribuição para a construção de um aparato
conceitual que torne o Coaching Executivo e Empresarial uma área de conhecimento
baseada em evidências sólidas, com fronteiras claras e suficientemente flexíveis, para
absorver o que outros saberes têm a nos oferecer.
Como observa Williams (2003), já nos idos do início do século XXI, “Coaches
reconhecem o brilho de cada cliente e seu poder pessoal para descobrir suas próprias
soluções quando contam com apoio, responsabilidade e aceitação positiva
incondicional”.
Este é o ponto essencial da convergência entre Coaching e Análise Transacional.
Referências
Williams, P. (2003). The Potencial Perils of Personal Issues in Coaching. International
Journal of Coaching in Organizations 2 (2), p. 21-30.
Desfrute deste dossiê para ampliar suas possibilidades de sucesso em suas intervenções.
Disponibilizamos, também, para aqueles que ainda não são assinantes da Revista Coaching Brasil, a íntegra do artigo de autoria de Rosa Krausz, intitulado “COACHING EXECUTIVO E EMPRESARIAL E ANÁLISE TRANSACIONAL”.
Tenha uma excelente leitura.
Luciano Lannes
Editor