Nossa coach Maria nos traz o seguinte caso:
Na quarta reunião com um coachee, um executivo de alto nível, ele me diz que acha que o processo não está andando e que está desperdiçando seu precioso tempo. Diz que como eu não tenho a experiência executiva que ele tem, não estou conseguindo ajudá-lo. Disse até que me acha incompetente para trabalhar com ele e que minhas “perguntinhas” eram muito básicas. Ele gostaria de trabalhar com alguém mais sênior. Já estamos quase na metade do processo. Senti-me colocada contra a parede e isso mexeu com minha autoestima em relação à minha capacidade de fazer aquele trabalho. Estou com medo da próxima seção onde vamos decidir por encerrar ou continuar. Socorro.
Maria, você provavelmente terá que aceitar o que está dado: Sim, seu cliente lhe disse claramente que não está satisfeito com o trabalho até aqui. Vamos tentar analisar esta situação de três pontos de vista:
- Cliente
- Coach
- Contexto do coaching
Do ponto de vista do cliente, parece que ele não se sente suficientemente desafiado. Pode ser que as perguntas que recebe não sejam suficientemente profundas ou desafiadoras para lhe tirar de seu modus operandi tradicional. Pode ser que esteja sob muita pressão por resultado e esteja querendo “cortar caminho”. Ou pode esperar que um coach sênior estabeleça com ele um diálogo entre iguais, que já tenha vivido o que ele, cliente, está sentindo/vivendo. Quem nunca pensou “Se essa pessoa já passou pelo que estou passando, vai saber me ajudar”.