Claro que não.
Mas você já reparou o número de pessoas que nas redes sociais, em programas de treinamento, palestras, se apresentam como coaches?
E mais, estava reparando em programações de seminários e congressos, sejam online ou presenciais, o número de vezes em que a palavra "Coaching" é citada. Vivemos a era do uso e abuso da técnica, dos termos, da imagem e do referencial positivo que o Coaching construiu em décadas.
Neste cenário de mercado, onde veículos de mídia empresarial como Exame, Melhor, Harvard Business Review, estão estampando em suas capas os problemas causados pela "febre do Coaching", senti ser conveniente que a Revista Coaching Brasil tratasse o tema com a seriedade que sempre pautou nossas edições.
Tal qual um bando de gafanhotos esfomeados, eles, os picaretas, pousaram nos verdes campos semeados por Sócrates e tão cuidadosamente cultivados por tantos práticos e teóricos que dedicaram suas vidas à pesquisa e aprimoramento de algo, que mais do que uma técnica de intervenção, mostra-se como uma filosofia de vida e posicionamento frente a outro ser humano. Com shows motivacionais, e técnicas de marketing digital (muitas que subestimam nossa inteligência), devastam o território do Coaching.
Quem mais ganha nesta onda são aqueles que ensinam como fazer. Sempre foi assim e talvez continue a ser por um bom tempo.
- Ensinar a ser próspero
- Ensinar a superar crenças limitantes
- Ensinar a ser um palestrante de sucesso
- Ensinar a ficar rico... e por aí vai a lista que você já deve ter completado com vários outros itens.
Podemos ter o coach picareta "mau" intencionado, e aquele que ficou picareta por deformações (formações simplistas calcadas em um punhado de formulários e testes) e acomodação. No primeiro caso estão os oportunistas de plantão, sempre muito simpáticos, desfilando seu sucesso no Facebook, e que mudam de pasto conforme a grama vai secando. Já podemos ver vários destes abrindo novas frentes, sempre cutucando uma fraqueza humana e um desejo das pessoas de dar algum significado à própria vida. O segundo caso, os que tiveram uma formação simplista, com "manual de perguntas poderosas", kit de formulários, sessões pré formatadas, prometem um processo de sucesso e grande parte das vezes se perdem no caminho. Na melhor das hipóteses, frustram as expectativas do cliente e na pior, o colocam em perigo, ignorando o princípio "First, do no harm", ou seja, não cause danos ao seu cliente e evite que ele possa tomar ações que o coloque em risco.
Na edição 37 da Revista Coaching Brasil discutimos esta questão sob vários pontos de vista.
- O coach aprendiz de feiticeiro - por Felipe Dias
- Qualquer um pode ser coach? - Liana Gus Gomes
- A responsabilidade de ser coach - Ana Paula Peron
- Como o RH deve avaliar um coach - Américo Figueiredo
- Os 7 erros a serem evitados pelo novo coach - Carlla D'Zanna
Te convido a ler um dos artigos de nosso dossiê, “7 erros a serem evitados pelo novo Coach”, onde Carlla D’Zanna aponta os erros mais comuns que os novos, e alguns antigos coaches cometem, e que podem comprometer sua carreira e seus clientes.
Esta é também uma excelente oportunidade para tornar-se nosso assinante e acessar já todo o conteúdo já produzido, 37 edições.
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Boa leitura,
Luciano Lannes
Editor