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Edição #119 - Abril 2023

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Desamparo aprendido: história, teoria e desdobramentos

O experimento

A cena é a seguinte: Cães vira-lata. Dúzias deles mantidos em gaiolas individuais em um biotério.  De três em três, eles são testados em um experimento: colocados em gaiolas isoladas e longas que lhes permite correr, (chamadas de shuttlebox) eles são divididos em 3 grupos. Dois deles levam choques nas patas aplicados de forma randômica; um, denominado de controle, não. Dos dois que levam choques, um deles desliga o choque quando foge para o outro lado da gaiola, tanto para si quanto para seu companheiro. Este último nada consegue fazer para desligar o choque.

No dia seguinte todos são colocados individualmente na mesma gaiola. Neste dia, se corressem quando o choque viesse, o desligavam. Os cães dos grupos que não levaram choques e os que levaram choques que conseguiam desligar rapidamente aprendem a tarefa. Os cães que levaram choques que não conseguiam desligar, parecem estranhamente incapazes de fugir do choque.

O orientador do grupo já havia falado que os estados de ansiedade gerados por experiencias aversivas pareciam se manter por longo tempo, e demonstrado que cães que levam choques que não podiam escapar pareciam ter déficit de aprendizagem nos dias subsequentes. Mas este experimento demonstrava que não eram os choques: era a combinação de impossibilidade de escapar e impossibilidade de prever.

Este foi o experimento de Maier e Seligman no laboratório de Solomon em Harvard na década de 60. Costuma-se dizer que a história do Estudo do Desamparo Aprendido começa aí, mas há antes disto. E depois...


História

Na década de 60 nos EUA se vivia o domínio das pesquisas baseadas em teorias associativas, das quais o behaviorismo na sua versão Skinneriana era o dominante.  Estas teorias se preocupavam em  como elementos do ambiente ou fisiológicos (estímulos) se organizavam com o quê o animal (humano ou não humano) fazia (a resposta) e como isto mudava o comportamento ao longo do tempo (a aprendizagem).

O estudo destes arranjos era chamado de estudos de esquemas e foi marcado pela publicação de  Fester e Skinner, esquemas de reforçamento (Schedules of reinforcement) em 1957. Na esteira deste lançamento, diversos grupos passaram a estudar como os arranjos destes elementos, denominados pelos grupos de contingências, geravam alterações no comportamento dos organismos.   Dentre estes grupos,  o de Richard L. Solomon (1918-1985) na universidade de Havard estudava com seus alunos Overmier e Leaf, como uma contingência onde, e o que o animal fazia não tinha relação com os estímulos que ocorriam antes ou depois da resposta, e  percebeu que  os animais pré-submetidos a este tipo de arranjo tinham dificuldades de aprender novas tarefas depois.  Ele chamou este fenômeno de Efeito de interferência, de acordo com sua teoria que a ansiedade gerava efeitos de longo prazo nos processos de aprendizagem dos organismos, assim, o pré-tratamento com choque interferiria com a aprendizagem posterior.

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