Hoje em dia, a oportunidade e a facilidade de vender um produto ficou muito maior com a internet, mas, também, bem mais concorrida. No mundo do Coaching, os novos profissionais acabam correndo risco de tentar lotar suas agendas rapidamente através das vendas nas mídias digitais, onde prometem “turbinar” o desempenho de seus clientes.
A edição 62 aborda o tema “Como Vender Coaching”, onde há uma reflexão sobre vendas aplicadas ao Coaching. Pessoalmente, a preocupação da venda, em se tratando de Coaching, deve ser secundária. O coach deve se preocupar mais com sua formação – mesmo após receber o primeiro diploma – e focar no resultado e dedicação com o coachee – evitando, assim, que ele acabe se prejudicando. Desapegar do ego, colocar o foco no servir e no outro é um bom início para uma carreira de sucesso.
A coordenação do dossiê foi realizada por Simone Kramer, onde reuniu suas convidadas para uma discussão importante sobre os valores e ética do Coaching, em se tratando de vendas. Em sua apresentação do dossiê, traz uma breve reflexão deste processo de vendas pelas redes sociais: “Penso que, diante deste cenário onde ainda tantos questionamentos estejam tão vívidos, mais ainda se torna premente que tenhamos espaço para compartilhar ideias, avaliar opções e fazer escolhas em como nos apresentar para este mercado em franca expansão”.
Leia abaixo a apresentação do dossiê escrita por Simone, e veja no final desta postagem o link para o artigo escrito pela mesma – disponibilizado especialmente para você, que ainda não é nosso assinante.
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Coordenação de Simone Kramer
Psicóloga, Coach Executivo e Empresarial,
formação e certificação daABRACEM;
Didata pela ABRACEM, Formação pela SBDG, aperfeiçoamento
em Coaching de Equipes com John Leary e David Clutterbuck.
simone@coachesassociados.com.br
O convite do Luciano Lannes, editor da Revista, para coordenar este dossiê, veio ao
encontro de um desejo muito grande de poder compartilhar minhas reflexões sobre
este tema. A venda já esteve muitas vezes presente na minha vida. Quando ainda era
criança, montei uma barraquinha para vender revistinhas, os conhecidos gibis, para os
pedestres que passavam; no ensino médio desenhava, mandava fazer e vendia
malhas, atividade que mantive durante a universidade. Mais tarde, ao ingressar em
uma grande empresa, fui designada para atender, como consultora de RH, a Diretoria
Comercial e, ao chegar à sala do diretor, meu principal cliente, visualizo atrás de sua
cadeira um troféu de melhor vendedor, adornado com duas picaretas cruzadas e
presas em uma estrutura de madeira. Compartilho estas vivências para dizer que, de
alguma forma, sempre me senti à vontade com a venda e que foi um choque de
realidade ao reconhecer o quanto esta imagem do vendedor como um “picareta”
permeou o inconsciente coletivo ou mesmo muitas ações conscientes. O que é
lamentável. Pois se trata de um processo natural entre pessoas. É o que de fato
acontece quando existe uma oferta e uma demanda. Por mais passiva que seja, ainda
assim é uma venda.
O tema COMO VENDER COACHING vem em um momento onde este processo
encontra inúmeras possibilidades para acontecer.
Ainda existe pouco material sobre coaching e menos ainda sobre como vendê-lo. O
Coaching se caracteriza como um serviço, mas em qual categoria se enquadra?
Saúde, administração, gestão, RH, diferentes possibilidades, entre outros. Ainda
consta no código de ética de algumas entidades de classe, principalmente de
atividades ditas liberais, que colocar anúncio ofertando trabalho fere o código de ética
da atividade. E o que dizer hoje com Facebook, Linkedin, Instagram, as diferentes
possibilidades dentro do marketing digital? Estamos fazendo alterações “em pleno
voo” porque, certamente, o dinamismo das mudanças é maior e mais rápido que as
definições que os conselhos possam propor. Penso que, diante deste cenário onde
ainda tantos questionamentos estejam tão vívidos, mais ainda se torna premente que
tenhamos espaço para compartilhar ideias, avaliar opções e fazer escolhas em como
nos apresentar para este mercado em franca expansão.
Para isto, sigo agradecendo, pois além deste desafio que Lannes propôs, encontrei
colegas de atividades que se dispuseram a parar e contribuir com esta edição. Maria
Angélica abre este dossiê nos instigando a pensar no que estamos a oferecer, o que
no caso do Coaching, somos nós. Premissa que encontra sustentabilidade à medida
que isto é coerente com aquilo que cremos. Na sequência, continuamos esta
caminhada quase em uma sequência lógica, onde Clenir aborda a importância de
identificarmos com o que e quem realmente queremos trabalhar, com o artigo “Quem
Somos e Quem São Nossos Clientes”, tema que nos faz mergulhar ainda mais no
mundo mercadológico. Mas como não relevar o tamanho das cidades e o quanto isto
pode conter variáveis diferenciadas? Ediane nos conta sua experiência com o tema
“Como vender em pequenos centros”. Temos consciência de quantas tantas maneiras
de vender existem e as tantas variáveis intervenientes, mas nesta edição optamos por
falar sobre imagem, com o artigo de Camila – “Divulgação da Imagem – Qual o ponto
do equilíbrio?” e também temos o artigo de Dionéia, “A importância do Email Marketing
para os profissionais de Coaching”. Concluímos com o meu artigo “Quando o ‘boca a
boca’ funciona”.
Após ler todos os artigos, constatei que, ao abordar os diferentes temas, muitas
reflexões se perpassam, o que não poderia deixar de ser quando falamos de uma
intervenção cujo instrumento é o ser humano pois, afinal, não somos dissociados e
assim não terminamos aqui e começamos ali. Nossas ações, ao nos apresentarmos
no mercado de Coaching, estão amarradas entre si.
Espero que gostem.
Uma ótima leitura e excelentes reflexões!
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Tenha uma ótima leitura.
Luciano Lannes
Editor