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O QUE FAZ UM COACH, CONSCIENTE?

Luciano S. Lannes Por Luciano S. Lannes em 09/09/2019

Uma pergunta interessante em tempos em que o Coaching é tão falado, comentado e com a imagem tão abalada.

Trazemos a figura do “consciente”, que ao longo do texto você compreenderá a origem, para diferenciá-lo do “picareta”. Para que você possa ter mais elementos nesta análise, liberei três edições na íntegra para leitura. A edição 8 de janeiro de 2014 com a chamada “Fábrica de Coaches”. a edição 37 de junho de 2016, “Coaching Picareta” e a edição 6 de novembro de 2013 falando sobre “A arte de conectar e perguntar”. Todas estas edições são encontradas neste link.

Antes de prosseguirmos na análise, venha comigo nesta reflexão!

Sabe quando comentamos que o índice de assaltos no bairro está  assustador? Pergunto: na sua ideia, quantos por cento da população do seu bairro ou da sua cidade é composta por assaltantes? Imagino que nunca tenha pensado nestes termos, mas pela sua experiência de vida, pelas pessoas que conhece no bairro, que vê nos supermercados, nos pontos de ônibus, dá para imaginar que os bandidos, os assaltantes, são uma minoria. Fiz uma rápida pesquisa na internet e descobri que, fazendo as contas, 0,5% da população adulta no Brasil estão envolvidas com algum tipo de delito. Destes, cerca de 40% referem-se a crimes envolvendo o tráfico de drogas. Por volta de 37% envolvem roubo e furto e somente 11% a homicídios. Na ponta do lápis, o que aqui chamamos de bandidos que nos assustam pelos assaltos, representam 0,2% da população adulta. Quando olhamos por este ângulo, vemos que 0,2% é pouco, mas são responsáveis pela impressão de “assustador”.

Com o Coaching, algo parecido deve ocorrer. Os que mais causam confusão de conceitos e oferecem coisas estapafúrdias pela internet devem guardar proporção com a porcentagem dos bandidos. E vejam a má impressão que deixam de toda uma categoria.

Feita esta reflexão vemos que poucos oportunistas de plantão fizeram um belo estrago. Interessante notar que muitos deles já migraram para outras praias ainda não devastadas, lidando, claro, com um dos pontos mais fracos das pessoas: dinheiro e prosperidade. Este tema lota auditórios, pois muitos estão em busca da fórmula mágica para enriquecer, para conectar com a prosperidade, para ter uma vida financeiramente tranquila. Se você está na área do Coaching há alguns anos, de 3 a 5 nomes já devem ter passado na sua cabeça. Eles se vão e nos deixam o abacaxi da “criminalização do Coaching”. Sobre o projeto de criminalização / regulamentação do Coaching, vamos tratar disto nas próximas edições na coluna da ICF.

Ufa…. agora sim podemos seguir falando sobre o que chamamos, aqui na Revista Coaching Brasil, de coach consciente.

Deixa eu te contar um pouco de nossa história para você entender onde chegamos. A revista existe há seis anos, e desde o começo trabalhamos planos de marketing para o desenvolvimento do negócio. Um dos pontos importantes é o “para quem” fazemos a revista. Na linguagem do marketing chama-se de persona. Trata-se de um perfil semifictício que representa o cliente ideal de uma empresa. Normalmente é definido por itens como:

  • qual é a idade ou a geração para a qual se destina o produto
  • qual é a renda?
  • qual é a formação?
  • qual é o estado civil?
  • com qual frequência consome o produto?
  • profissão;
  • hábitos de compra;
  • estilo de vida;
  • redes sociais favoritas;
  • hobbies;
  • valores;
  • dores relacionadas ao seu produto;
  • dúvidas;
  • ambições.

Enquanto tentávamos trabalhar com este quadro um grande incômodo crescia. É como se aqueles itens não nos ajudassem a ver e compreender o potencial leitor e assinante da Revista Coaching Brasil. Com o passar dos anos fomos insistindo neste modelo até que veio o rompimento com ele, e não à toa, Calhou com o crescimentos dos oportunistas, e estudando suas falas, estratégias e principalmente o perfil do público que era seduzido pelo “canto da sereia”, mudamos nossa forma de classificar as diferentes personas.

Assim, tratamos de descrever nosso leitor, não em termos de idade, renda, formação, etc, mas em função de um parâmetro com muito mais significado para nós: seu nível de maturidade pessoal e profissional. Esta maturidade está profundamente ligada ao nível de consciência pessoal, da capacidade e disposição de fazer autoanálise, do olhar para si em primeiro lugar. Alguns dos itens que caracterizam uma pessoa com elevada maturidade passam por assumir responsabilidade pela própria vida, pelos seus atos e pelas consequências deles. Alta consciência pessoal, assim como inteligência emocional, que é sempre uma construção vinda de muita observação e ação, também são itens fundamentais.

Desta forma, chamamos o perfil de nosso leitor de CONSCIENTE.

O coach CONSCIENTE, é aquele que tem uma profunda convicção de que a primeira pessoa que precisa ser investigada, compreendida e trabalhada é o próprio coach. Neste nível, é nítida a busca por formações mais conceituais, embasadas, “parrudas” como se diz no popular. Formações que tiram do lugar comum, que levam ao efeito que, brincando, chamamos de “virar a pessoa no avesso”. Este público é comporto por pessoas que são mais filosóficas, analíticas, e como bons coaches, fazem muitas perguntas e utilizam suas primeiras impressões como fontes importantes de perguntas investigativas.

O coach CONSCIENTE precisa de alimento para não deixar-se sequestrar pelos pensamentos comuns, recorrentes, e pelas novas zonas de conforto. Ele busca sempre ampliar a visão, mudar o ponto de vista, ver o que ainda não viu. Por isto que a leitura, assim como videos e podcasts fazem parte de sua rotina em busca de novas sacadas, novos insights.

Compreender-se como um parceiro do coachee no processo de mudança, e que esta parceria envolve grande responsabilidade, inclusive pela segurança e bem estar do coachee é fundamental e caracteriza o coach maduro. Só haverá um coach maduro quando o papel de coach for desempenhado por uma pessoa madura.

A ICF, International Coach Federation, presente em mais mais de 140 países, inclusive no Brasil, onde é muito atuante, descreve onze importantes competências que o coach precisa desenvolver e praticar. Elas já foram descritas e comentadas em nossas páginas e podem ser encontradas no site da ICF. Além destas competências, também são elencados padrões de conduta ética.

Quando analisamos as competências e os padrões de conduta, fica novamente claro o que é um coach CONSCIENTE.

Fica claro que nosso negócio não é produzir artigos, dossiês, vídeos e áudios. Estes são apenas formas de alimentar coaches conscientes para que estes possam expandir sua forma de pensar, rever conceitos, ter contato com outros novos, e assim, trazer novas mudanças, que tragam reflexos na forma de ser, de agir dentro e fora do trabalho, porque não se trata apenas de uma metodologia de trabalho, mas de uma filosofia de vida alicerçada em valores.

Deixe seu comentário, compartilhe com amigos que atuam na área, e com aqueles que ainda acham que todo mundo é bandido.

Vamos trazer mais luz à esta questão. Discernimento é a palavra de ordem.

Grande abraço,

Luciano Lannes

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